Dinamarca e França se enfrentam nesta terça-feira (26), às 11h, pela terceira rodada do Grupo C da Copa do Mundo, no Estádio Lujniki, em Moscou.

Por um lado, a estrelada equipe francesa busca seguir na liderança, enquanto os dinamarqueses seguem no mesmo objetivo, porém, atentos para garantirem a classificação. 

A equipe de Eriksen e cia. ainda tem chances de desclassificação, mesmo que pequenas. Com quatro pontos no grupo, a Dinamarca precisa apenas de um empate para carimbar o passaporte rumo à próxima fase. No outro jogo do grupo, a Austrália enfrenta o eliminado Peru e, se vencer, torce para uma vitória da França para passar às oitavas de final do Mundial. 

Com seis pontos, a França já está classificada à próxima fase da Copa, porém, a derrota pode trazer prejuízos na próxima fase, já que, teoricamente, a chance de enfrentar um adversário mais forte ao se classificar em segundo lugar é maior. Ambas seleções buscam a liderança do grupo para valer essa teoria, porém, ela pode não valer nesta chave, já que o grupo de confronto é o D, que tem, em ordem na classificação, Croácia, Nigéria, Islândia e Argentina.

Dos quatro times citados, apenas os croatas garantiram a classificação e lideram o Grupo D. Os outros times buscam a vaga também nesta terça-feira, às 15h. Mesmo em má fase, há a chance de a poderosa Argentina passar em segundo lugar, gerando dores de cabeça para quem for enfrentá-la.

Deschamps mexe na equipe contra riscos

Foto: FIFA/Getty Images
Grande parte dos titulares da equipe francesa deve ser poupada por Deschamps. Foto: FIFA/Getty Images

Com a França já classificada, o treinador Didier Deschamps optou por rodar a equipe, tendo em mente dar minutos no Mundial aos jogadores considerados reservas e também prevenindo riscos que possam prejudicar o restante da competição. Jogadores que estão pendurados com um cartão amarelo não devem jogar, como nos casos de Pogba, Matuidi e Tolisso. Sem a trinca de volantes, a tendência é que N'Zonzi receba a oportunidade de estrear na competição.

Para efetuar outras mudanças, o treinador deve trocar o esquema tático para o 4-4-2, ao contrário do 4-2-3-1 das partidas anteriores. Dembelé, que havia perdido posição na última rodada, volta a equipe na vaga de Mbappé, poupado. Outro que deve estrear na Copa é Thomas Lemar, jogador recém-contratado pelo Atlético de Madrid, que será utilizado como meia-esquerda. 

Na zaga, B, que estava ausente da equipe titular por conta de problemas físicos, retorna à equipe no lugar de Pavard. Seguindo na defesa, o zagueiro Umtiti sentiu dores no joelho e será substituído por Kimpembe. Por fim, no gol, o capitão Hugo Lloris dá lugar a Mandanda.

Além das mudanças informadas, há a possibilidade de Griezmann aumentar a lista de poupados, já que participou de alto número de jogos na temporada e se queixou de dores no tornozelo direito recentemente. Com isso, a França chegaria a sete mudanças na equipe titular. Para a partida, os franceses necessitam apenas do empate para sacramentar a liderança do Grupo C.

Dinamarca sonha com liderança

A esperança dinamarquesa segue em Eriksen, autor do gol contra a Austrália. Foto: FIFA/Getty Images
A esperança dinamarquesa segue em Eriksen, autor do gol contra a Austrália. Foto: FIFA/Getty Images

No futebol, o 'oba-oba' é cruel na maioria das vezes. Em diversas oportunidades, a confiança exacerbada acaba mais prejudicando do que ajudando, causando danos irreversíveis em certos pontos. Na última rodada do grupo, a Dinamarca chega com a possibilidade de terminar na liderança, mas também de encerrar sua participação na Copa do Mundo.

Para sacramentar sua classificação, precisa apenas de um empate contra a França desfalcada de grande parte dos jogadores titulares. Por outro lado, a derrota pode causar a eliminação, dependendo do resultado entre Peru e Austrália. A vitória do australianos combinada com a derrota dinamarquesa causa a volta para casa da Dinamarca.

Para o confronto, a equipe do goleiro Kasper Schmeichel - filho de Peter Schmeichel, histórico goleiro dos anos 90 - mantém a confiança na classificação e visa não repetir os erros da última partida, contra a Austrália. Na ocasião, os dinamarqueses saíram na frente no placar, mas sofreram o empate e chegaram perto da saída com a derrota.

No entanto, Schmeichel optou por valorizar a campanha feita até o momento e se mostrou confiante por depender apenas de si para a classificação: "Se alguém nos oferecesse 4 pontos em dois jogos antes de começarmos, eu diria "sim, por favor". Nós estamos em uma boa posição. Se tivéssemos ganhado o último jogo, seria um pouco mais fácil para nós, mas como está em nossas mãos, estamos felizes", disse o goleiro.