A estreia do São Paulo na Copa do Brasil não poderia ter sido pior. Para um pequeno público de pouco mais de seis mil torcedores no Morumbi, o Tricolor jogou mal, pouco criou oportunidades e foi derrotado pelo Juventude, que disputa a Série C, por 2 a 1. A equipe de Ricardo Gomes saiu atrás no placar, mas conseguiu o empate ainda no primeiro tempo com Chávez. Na segunda etapa, quando parecia ter o jogo sob controle, o árbitro marcou um pênalti duvidoso de Thiago Mendes e o atacante Roberson anotou o segundo dele e do time gaúcho.

Com muitas vaias e gritos irônicos de "olé", a torcida tricolor parece ter rompido de vez a relação com o time, que foi recuperada durante a disputa da Libertadores. Capitão da equipe, Maicon afirmou que a mudança deve começar de cima, e dividiu a culpa da fase para todos. "A diretoria precisa intervir, descobrir onde está o erro, isso passa pelos jogadores e pela comissão técnica também. Pouco tempo de trabalho do Ricardo Gomes, tem feito bom trabalho, mas não estamos assimilando da melhor maneira possível. Futebol péssimo, sem intensidade, por isso saímos com a derrota."

Com cantos de "time sem vergonha" e "time amarelão", muitos jogadores não deram entrevista após a partida. Além de Maicon, Thiago Mendes falou sobre "fatalidade" nos gols adversários e também em "vergonha na cara". Já Michel Bastos, que tem uma relação complicada com o torcedor são-paulino, preferiu não criar polêmica. "Eu vou falar o quê? O time jogou mal, não adianta falar em redes sociais, na frente da câmera. É reverter na volta", disse o meia.

Carlinhos, que já estava sendo criticado na primeira etapa, explicou o gesto que fez para a torcida após a assistência para Chávez e lamentou a derrota. "Uma noite para esquecer, mas para aprender também. Jogamos mal e isso reflete na arquibancada. Eu pedi apoio depois do gol, não falei nada demais para o torcedor. Com a cabeça quente, a gente pode até falar algo que está atingindo alguém... Mas quem veste essa camisa não quer perder", afirmou o lateral.

Alguns torcedores, após o apito final, foram ao portão de entrada do Morumbi, e fizeram críticas não só para o elenco, como também para o diretor Gustavo de Oliveira e ao presidente Leco. A próxima partida do São Paulo será novamente no Morumbi, no próximo domingo (28), diante do Coritiba. Em casa, o Tricolor já não vence desde o dia dez de julho, quando venceu o América-MG por 3 a 0.