"Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão", era o que cantava a torcida do Fluminense no Maracanã. O alvo era uma velho conhecido, idolatrado por muitos e agora odiado por tantos outros: o argentino Darío Conca, que dessa vez defenderia o Flamengo no Fla-Flu. Neste domingo (18), o empate por 2 a 2 marcou o reencontro de um ídolo antigo defendendo as cores do maior rival pela primeira vez.

"Estou feliz por estar jogando no Flamengo, feliz porque me receberam muito bem. Agora é ajudar para conseguirmos conquistar esse título. O mais importante é trabalhar e fazer as coisas bem pelo Flamengo", declarou Conca, após a partida.

O cenário foi desenhado antes mesmo da bola rolar. Quando o telão do Maracanã divulgou os nomes dos escalados pelo Flamengo, Conca foi o mais vaiado pela torcida do Fluminense. Na arquibancada, caixões com as cores da Argentina eram vistos, como se estivessem enterrando todos os 272 jogos, 56 gols e o título brasileiro de 2010.

Dentro de campo, Conca visivelmente ainda sentiu a falta de ritmo. Entrou aos 37 minutos do segundo tempo, substituindo Cuellar, e pouco acrescentou. Foram três passes certos, dois errados, uma falta dura cometida no volante Orejuela e um cartão amarelo recebido. Na saída de campo, o argentino comemorou os minutos jogados.

"Estou feliz por ter participado do jogo, agora quem decide é o treinador. Ele está vendo cada treino, no dia a dia e se ele decidir se eu vou jogar um minuto ou dez, vou entrar para fazer o melhor e ajudar o time"

Na próxima quinta-feira, o Flamengo volta a campo no Campeonato Brasileiro 2017 para receber a Chapecoense, às 21h, na Ilha do Urubu. Dessa vez sem vaias, Conca deve novamente iniciar a partida no banco de reservas, entrando alguns minutos para ganhar ritmo. O apoio dessa vez virá do lado rubro-negro, torcida essa onde o argentino vai tentando conquistar.