Fluminense e Vasco se enfrentaram na noite desta quarta-feira (7), no Estádio Nilton Santos, pela quarta rodada da Taça Rio. O desgaste físico dos jogadores de ambos os times chamaram a atenção. 

O técnico tricolor, Abel Braga, gostou da partida no geral: "jogo foi aberto. Foi interessante. Foi uma briga legal com o Zé Ricardo. E ele provou que é muito bom".

Antes da partida, o técnico vascaíno, Zé Ricardo, afirmou que iria realizar uma mudança no esquema tático, usando três zagueiros. Assim, a formação do time do Vasco ficou parecido com a do Fluminense. Para Abel, o técnico correu um risco. "Achei que foi um risco (Vasco vir no 3-5-2). Mas ele (Zé) falou em uma entrevista que ia fazer o que fez hoje, para testar para quarta-feira. Foi um jogo igual, pegado, arbitragem neutra. Foi um jogo extremamente tático. As equipes espelhadas", afirmou.

Sobre suas preferências de camisa 9 para substituir Henrique Dourado, Abel revelou que desejava a contratação de Gilberto ou Kayke.

"O Dourado me colocou que não queria ficar, que não estava mais com a cabeça no clube. Agradeci a ele a sinceridade, um cara do bem, muito correto, mas eu disse para ele: “Resolve logo isso, porque senão eu vou perder o mercado”. E tinham dois jogadores livres na posição, que eu queria: o Gilberto, que estava no São Paulo, e o Kayke, que estava no Santos", revelou o técnico.

Aos 31 minutos do segundo tempo, Abel tirou o zagueiro Ibañez e colocou o meio-campo Douglas, que não entrava em campo desde janeiro, quando voltou a sentir dores. Mesmo sem ritmo de jogo, o técnico gostou da atuação do camisa 8: "esse jogador não é surpresa. Gosto muito dele. Mesmo fora de ritmo ele entrou bem. Não errou praticamente nada. Vai voltando aos poucos, temos que ter calma”.

Pela semelhança de esquema, Abel foi perguntando se esse havia sido o jogo mais tático de sua carreira, o técnico respondeu rapidamente: "não. O jogo mais tático da minha carreira foi contra o Barcelona".

O treinador deixou clara sua insatisfação em ter poucos jogadores no elenco. Dessa forma, o técnico não tem muita opção e precisa repetir muitas vezes a equipe. "Sabe qual a maior dificuldade? É ter que ficar repetindo time. Ninguém aguenta. Hoje botei um jogador que eu fecho o olho e boto, que é o Douglas. Não está dando para mudar. Domingo teremos que mudar alguma coisa. Porque quarta temos jogo decisivo", encerrou.