O Cruzeiro reverteu neste domingo (8) a vantagem obtida pelo Atlético, no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, e conquistou seu 37º título estadual. No Mineirão, a Raposa venceu o rival pelo placar de 2 a 0 e levantou a taça da competição. Arrascaeta e Thiago Neves marcaram os gols do time celeste.

O clássico foi marcado por muitas polêmicas. O Atlético terminou a partida com dois jogadores expulsos: o meia Otero, no primeiro tempo, e o lateral-direito Patric, no segundo. Houve muitos cartões amarelos aplicados pelo árbitro Luiz Flavio de Oliveira: seis ao Cruzeiro e dois ao Galo.

Agora, a Raposa se prepara para estrear no Campeonato Brasileiro de 2018. No sábado (14), às 16h, o Cruzeiro abrirá as portas do Mineirão para enfrentar o Grêmio. Já o Atlético entrará em campo na quarta-feira (11) para visitar o San Lorenzo, em Buenos Aires, às 19h15, pela estreia da Copa Sul-Americana. Quatro dias depois, no domingo (15), às 16h, o Galo faz sua primeira partida no Brasileirão deste ano contra o Vasco, no Rio de Janeiro.

Gol no início e expulsão polêmica

Sob alta intensidade, o Cruzeiro teve um grande início de jogo. Reduzindo os espaços do time atleticano, a Raposa abriu o placar aos quatro minutos. Egídio cruzou, a bola desviou na cabeça de Patric, e Arrascaeta emendou de primeira; Victor defendeu. No rebote, Edílson levantou a redonda na muvuca, Arrascaeta se antecipou a Leonardo Silva e testou no canto esquerdo.

O Atlético conseguiu equilibrar as ações após os dez minutos iniciais. Visava sempre a construção de jogo pelo chão, evitando as bolas longas para o ataque. A primeira boa chance do time de Thiago Larghi saiu em cobrança de falta de Cazares, que saiu por cima da meta celeste.

Os ânimos se exaltaram antes da metade do primeiro tempo. Edílson e Otero se estranharam na beirada do campo: o lateral-direito do Cruzeiro deixou o pé na coxa do atleticano, que revidou com uma cotovelada. O cruzeirense foi advertido com cartão amarelo, enquanto o meia alvinegro acabou expulso.

Antes postado num 4-1-4-1 sem a bola, Thiago Larghi orientou seus comandados a formarem um 4-1-4, com Luan, Elias, Ricardo Oliveira e Cazares se desdobrando para suprir a ausência de Otero. Já o Cruzeiro ainda criou uma chance de gol antes do término do primeiro tempo. Em cobrança de falta, Thiago Neves bateu no canto de Victor, que espalmou ao lado.

Cruzeiro faz mais um e fica com a taça

No retorno do intervalo, o técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, surpreendeu e colocou o meio-campista Mancuello no lugar do lateral-direito Edílson. Com esta alteração, o volante Henrique passou a fechar o lado direito da defesa cruzeirense.

A pressão que o Cruzeiro impôs sob o Atlético no reinício de partida foi absurdo. Egídio e Robinho assustaram. Mas foi Thiago Neves, aos sete minutos, quem levantou a torcida celeste. Robinho avançou pela direita, cruzou rasteiro para dentro da área, e o camisa 30 tocou de direita. A bola acertou o ângulo de Victor.

O resultado de 2 a 0 dava o título ao Cruzeiro, então Thiago Larghi, treinador atleticano, fez duas substituições: sacou Ricardo Oliveira e Luan para a entrada de Erik e Gustavo Blanco, respectivamente. O primeiro passou a trabalhar por de dentro, ao lado de Elias; o segundo entrou para cair pelo lado direito do ataque em cima de Egídio.

Mano Menezes também realizou suas alterações, e o ritmo do jogo caiu. Poucas chances foram geradas nos minutos finais. O Atlético perdeu o lateral-direito Patric, expulso por falta em Ariel Cabral. O Cruzeiro cadenciou a reta final do clássico e esperou o apito final do árbitro para comemorar o seu 37º título estadual.