Um dos títulos mais importantes da história do Voltaço faz aniversário neste domingo, dia 15 de dezembro. Nessa mesma data, em 1994, o Tricolor de Aço superou o Fluminense nos pênaltis, nas Laranjeiras, e levantou a taça da Copa Rio pela primeira vez.

No contexto da época, a Copa Rio era disputada não só pelos clubes de menor investimento, como acontece hoje. O torneio reunia também os grandes clubes e rendia uma vaga na Copa do Brasil.

O Voltaço iniciou a campanha no grupo dos clubes do interior, onde liderou e se classificou para a fase seguinte. Enfrentou e superou o Entrerriense, de Três Rios, nas semifinais, e o vencedor do duelo entre Fluminense e Americano.

O elenco do Volta Redonda comandando pelo treinador Wilton Xavier era composto, basicamente, por atletas da base. Os personagens mais marcantes, no entanto, foram Valtinho e Sandro, em especial na final do campeonato contra o Fluminense. 

No jogo de ida, em pleno Raulino de Oliveira, o Fluminense de Djair superou o Voltaço por 4x1. O goleiro Sandro, nesta ocasião, saiu vaiado de campo após tomar um gol de falta de Djair, o craque do time na época. 

"Na casa da minha vó havia um bambuzal e depois do primeiro jogo eu fui para casa da minha vó e entrei lá no bambuzal. Não queria ver ninguém. Fiquei muito chateado", relata Sandro com muito bom humor ao lembrar do episódio que rendeu muitas brincadeiras com o elenco.

Pelo regulamento do torneio, não havia diferença por saldo de gols. Ou seja, bastava uma vitória simples do Voltaço para que a partida fosse levada para os pênaltis. E assim aconteceu a redenção de Sandro.

No dia 15 de dezembro daquele ano, os dois clubes voltaram a se enfrentar. Entrou em cena o outro grande personagem, o atacante Valtinho. Após uma indecisão entre a defesa e o goleiro Welerson, Valtinho empurrou para o gol e deixou a final indefinida. Muita pressão do Fluminense e Sandro fazia defesas plásticas em um dia inspirado.

"Aquele foi o melhor jogo da minha vida", confessou o arqueiro.

Nas cobranças de pênaltis, mais uma vez, brilhou a estrela de Sandro, pegando o pênalti justamente de Djair, que causou a frustração no jogo de ida.

"A comemoração foi intensa e merecida, pois, um time do interior, formado por jogadores da base do clube venceu um clube gigante dentro da sua casa. A meu ver foi o título mais importante da história do clube até aquele momento. Trouxe muita visibilidade e valorização ao trabalho de formação de jogadores", conta Valtinho.

O time comandando por Wilton Xavier entrou em campo naquela tarde com: Sandro, Ari, Denimar, Fábio e Marco Aurélio; Russo, Andinho, Valtinho e Ricardo; Paloma e Roni.

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