Acabou o tabu. Pela primeira vez na história, o São Paulo derrotou o Racing, e de um jeito muito especial. Precisando vencer ou empatar por mais de dois gols para seguir na Copa Libertadores, os paulistas bateram o time de Avellaneda no El Cilindro por 3 a 1 nesta terça-feira (20). Emiliano Rigoni, duas vezes, e Marquinhos marcaram para os brasileiros. Javier Correa descontou para os mandantes.

Estrela de Rigoni

Ainda que precisasse marcar gols, o São Paulo começou tímido na partida. O time paulista chegou pela primeira vez somente aos nove minutos. Após Welington roubar a bola no campo ofensivo, Benítez encontrou Gabriel Sara na direita, que dominou e bateu de chapa. No entanto, o tiro saiu pela linha de fundo, mas a bola passou perto da trave de Gabriel Arias.

Enquanto os visitantes apostavam na bola longa e no jogo de transição, o Racing trocava passes e buscava explorar espaços com essa alternativa. Contudo, quem chegou com perigo mais uma vez foi o time de Hernán Crespo, e na bola parada. Aos 21, Emiliano Rigoni cobrou escanteio e encontrou Marquinhos na primeira trave. O atacante desviou e a bola passeou pela área, até bater sutilmente no poste esquerdo de Arias.

O São Paulo ia para o vestiário com a situação ainda mais dramática. O empate sem gols classificava o Racing pelo critério de gols fora. No entanto, o roteiro da partida mudou aos 44 minutos. Miranda recuperou a bola no campo de defesa e lançou para Marquinhos, que saiu na cara do gol e bateu de esquerda para a defesa do goleiro. A bola ainda bateu na trave antes de sobrar para Rigoni, que bateu na cara da bola para estufar as redes. Logo em sua estreia pelo Tricolor na Libertadores, o argentino colocou os visitantes à frente.

Dupla iluminada e fim de tabu

O São Paulo precisou de apenas dois minutos do segundo tempo para ampliar o marcador. No meio de campo, Martín Benítez enfiou a bola para Marquinhos finalizar cruzado e fazer seu primeiro gol pela equipe profissional do clube paulista. 

O Racing só chegou com perigo na meta dos brasileiros apenas aos seis minutos da segunda etapa. Enzo Copetti recebeu quase na linha de fundo, se livrou da marcação e fuzilou, mas a bola saiu por cima da meta de Tiago Volpi. Um minuto mais tarde, Fabricio Domínguez saiu rabiscando pelo lado direito do ataque e rolou para o meio da área e Miranda cortou com precisão.

A dupla Marquinhos e Rigoni casou bem. Aos 11, após troca de passes, Marquinhos saiu na cara do gol e rolou para o atacante argentino fazer o terceiro do São Paulo da partida. A saída de Benítez para a entrada de Luan foi determinante para o estilo de jogo da equipe paulista. Na concepção de Crespo, bastava colocar um primeiro volante para reforçar a marcação no meio de campo. Afinal, a vantagem era de três gols, e só uma catástrofe poderia tirar a vaga dos brasileiros nas quartas.

Contudo, na prática foi diferente e os mandantes diminuíram aos 17 minutos. Javier Correa recebeu na intermediária e bateu colocado no canto para fazer o primeiro dos argentinos na partida. Os mandantes quase ampliaram dois minutos mais tarde se não fosse por Volpi, que espalmou para escanteio.

Além de derrotar o Racing pela primeira vez na vitória, os brasileiros voltaram a triunfar na Argentina após mais de 16 anos. A última vitória aconteceu no dia 29 de junho de 2005. Na ocasião, o São Paulo bateu o River Plate no Monumental por 3 a 2 e garantiu vaga às finais da Libertadores daquele ano. O São Paulo agora aguarda o resultado de Palmeiras e Universidad Católica para saber quem será seu adversário nas quartas de final.

Próximo confronto

Classificado na Libertadores, agora o foco do São Paulo é no Campeonato Brasileiro. Os paulistas encaram o Flamengo, no Maracanã, no próximo domingo (24), às 16h. O Tricolor precisa de um resultado positivo para se afastar da zona de rebaixamento.

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