Na noite deste sábado (2), Flamengo visitou o Santos na Vila Belmiro, a equipe rubro-negra venceu a partida, mas não fez um bom jogo principalmente no segundo tempo, mesmo com um rendimento que não encheu os olhos dos torcedores, a equipe vem mostrando evolução e encontrando o caminho das vitórias.

Pontos positivos foram a estreia de Victor Hugo como títular, o jogador de apenas 18 anos teve uma atuação bem convincente, deu muita mobilidade ao meio campo, chegou bem na area, e teve oportunidade de fazer seu segundo gol com a camisa do time principal, em um chute crusado que passou rente a trave.

E foi nesse tom que Dorival começou a coletiva enaltecendo a postura da equipe:

“Eu acho que a postura para a retomada de bolas e a agressividade de combate. Acho que isso tudo é o que vem melhorando. E o Flamengo melhorando com posse de bola sabe o que faz. Em muitos momentos da partida tivemos equilíbrio. Tínhamos as ações do jogo, mas não aconteceu na totalidade da partida. E nós sofremos um pouco desnecessariamente. Porque às vezes você erra um posicionamento e proporciona que o adversário o coloque no seu campo de defesa”

“Não é uma posição que é tomada aleatoriamente, pelos atletas ou conosco empurrando o time para trás. Nunca acontece isso. Queremos agressividade e combate para que tomemos as bolas praticamente no campo ofensivo. Infelizmente isso acabou não acontecendo. O primeiro tempo foi muito positivo nesse sentido, estávamos muito organizados. Depois o Santos se soltou, se abriu, o que é natural. Mudou o contexto da partida e provocou uma situação desconfortável para todos nós. Esse sofrimento em parte do segundo tempo foi muito em razão da mudança da equipe adversária.” concluiu Dorival.

Sobre a semana pesada de viagens e jogos Dorival disse:

"Acho que foi uma semana importante, primeiro pelo nível de dificuldade que tivemos. Nesse sentido tenho a obrigação de reconhecer e elogiar todo o trabalho do clube, desde a nossa logística. Foram quase 30 horas entre voo e tráfego terrestre. Depois do jogo da quarta, a delegação foi dormir sete horas da manhã. Tudo que foi preparado pela logística do clube, pelo departamento médico e de recuperação física. Foram três vitórias. Não conseguiríamos esses resultados se não fosse esse trabalho do clube. Trabalho engajado com nutricionistas, fisioterapeutas e todos do clube"

Em seguida completou dizendo:

"Isso foi feito para minimizarmos tudo o que aconteceu. As pessoas às vezes não entendem o que é você ter que enfrentar três partidas com a necessidade do resultado. Em todas elas a equipe dando a resposta, ainda não é o ideal, estamos longe do que queremos, mas num campeonato desse com a necessidade de pontuarmos, esses jogadores estão dando o máximo. Essa valorização tem que partir de dentro. Foram muito importantes para que buscássemos esse importante resultado. Ainda estamos distantes, mas em termos efetivos era o que precisávamos para um respiro no campeonato e a busca por algo maior"

Sobre Victor Hugo Dorival disse:

"Olha, eu espero (que ele possa substituir Andreas à altura). Se ele repetir o que fez hoje... Fez uma partida excelente, equilibrada, parecia um veterano em campo, sabendo o que fazia com a bola, se posicionando muito bem, jogando de maneira simples e eficiente"

"Quando ele girava, partida com muita segurança em cima da última linha adversária. Teve comportamentos excelentes, e isso mostra a efetividade do trabalho da base do clube, o quanto esses garotos chegam preparados ao time de cima", seguiu.

"Ele é mais uma grata surpresa. Já havia participado de alguns momentos da equipe. De repente, encontramos nessa função um jogador de muita qualidade, que pode nos dar retorno"

Ainda falando sobre o jogador Dorival concluiu:

"No 2º tempo, o Victor Hugo sentiu um pouco, teve cãibras e pediu para ser substituído. Mas ele fez uma partida muito boa. De repente, ganhamos um ótimo garoto"

Dorival comentou sobre a confusão com Gabigol:

“É difícil às vezes você falar pelo atleta. Tentei preparar todos os jogadores que passaram pelo Santos da mesma forma, mostrando que poderiam acontecer vaias e xingamentos em determinados momentos. Você tenta prepará-los, e cada um reage de uma maneira. Foi uma jogada, foi uma falta por trás, e você nunca sabe qual é a reação de um atleta independentemente de o Gabriel já ter passado aqui. Poderia ter sido em outro jogo e em outra situação. Acredito que poderia acontecer o mesmo porque foi o instinto dele.”

O Flamengo volta a campo na próxima quarta-feira (6) e recebe o Tolima, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã pela Libertadores.