A tradicional Semana de Vela em Ilhabela (SP) terminou no último sábado (30) com grandes performances e participações especiais. Duas tripulações de Santos (SP) realizaram a sua última regata na competição que foi marcada por altos e baixos: o Phytoervas 4Z e a equipe do Inaê Amstel Ultra.

O evento promoveu um desafio paralelo de barcos de 40 pés. O Phytoervas 4Z só ficou atrás de Argos e King, equipes com velejadores medalhistas olímpicos e campeões mundiais como Lars Grael, Clínio de Freitas e Jorge Zarif. O desempenho animou a tripulação, que é formada por amigos da vela oceânica. Foi a segunda Semana de Ilhabela a bordo do S40 e a evolução foi nítida nas águas do Canal de São Sebastião.

"Para nós foi muito divertido, me reuni com amigos e bons velejadores, fizemos várias melhorias no barco, deu para sentir a diferença, o veleiro é muito bom no contra-vento, cometemos alguns erros, como por exemplo na escolha da vela, sofremos muito no vento de popa, mas conseguimos nos recuperar e fazer boas velejadas, saímos com um resultado satisfatório”, disse Marcelo Bellotti, integrante da equipe. 

O Phytoervas 4Z brigou lado a lado com seus principais adversários dentro da classe, os barcos Soto40. Na classificação geral, Phytoervas 4Z ficou em 11º, faltando apenas 4 pontos para o Top 10. O vencedor geral foi o Crioulla TP52. A THEO3 Investimentos é parceira do Phytoervas 4Z na 49ª edição da Semana Internacional de Vela. 

Inaê Amstel Ultra 

O time do Inaê Amstel Ultra fez sua primeira Semana de Ilhabela com seu veleiro S40, uma máquina de regatas de oceano tradicional do Brasil. A equipe adquiriu o barco em março e em poucos meses mostrou evolução nas competições. Mas o principal aprendizado após sete dias de prova no evento esportivo foi o entrosamento de cada tripulante nas funções a bordo.

Apesar do resultado de 19º na ORC e quarto no desafio dos 40 pés, o líder do Inaê Amstel Ultra viu bastante produtividade nos sete dias de regata.

"Tivemos uma semana muito boa, não foi o resultado que a gente esperava, mas serviu de aprendizado para toda a equipe. Foram algumas velejadas inesquecíveis que nós tivemos, muita variação de vento, conseguimos ser bem produtivos e nos divertir, por conta de tudo isso eu estou muito feliz''.

''Ainda estamos buscando uma melhor regulagem do barco, o entrosamento tem muito a ver com isso", disse Bayard Neto, comandante da tripulação.

A tripulação superou muitas adversidades no início, após ter perdido o gurupés (a peça que fica na ponta do barco) em uma batida com outro barco no primeiro dia de regatas, na Toque-Toque por Boreste. Após recuperar a confiança, o time Inaê Soto Amstel Ultra subiu na tabela.

''A vontade que eu tenho é que a competição começasse no final, evoluímos bastante, a equipe estava mais entrosada", finalizou Francisco Freitas, tático do Inaê. 

No final do campeonato, o Inaê comemorou o bronze na Regata por Equipes, um modelo divertido de unir equipes do eventos das classes ORC, Bico de Proa e RGS. Batizado de BLI, o trio Blue Wind, Lady Lou e Inaê ficou em terceiro lugar.

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