Uma corrida digna de ter as grandes disputada de antigamente. Não faltou ação na edição 2016 do Grande Prêmio da China de Fórmula 1. Foram mais de 80 ultrapassagens contabilizadas até metade das 56 voltas totais da corrida, que teve de tudo um pouco, desde Hamilton largando da última posição do Grid, a Fernando Alonso e Pascal Wehrlein, mantendo-se na entre os cinco primeiros por mais de 10 voltas. 

Nico Rosberg venceu confotávelmente a corrida em Xangai e com isto soma 6 vitórias seguidas. Com mais de 31 segundos de diferença para o piloto da Mercedes, Vettel foi o segundo com Kvyat em terceiro, a bordo da sua Red Bull.

A corrida 

Apesar de toda ação acontecendo durante toda a prova, o ápice da corrida, não podemos deixar de exaltar, foram praticamente as 10 últimas voltas. Lewis Hamilton largou atrás de todo mundo, no fim do grid, por não conseguir aferir tempo na classificação de sábado. O campeão da temporada 2015 da Fórmula 1 fez uma corrida de recuperação, que teve mudança de estratégia logo nas primeiras voltas, e como esperado, não teve dificuldade para chegar ao pelotão da frente. O que o Inglês talvez não esperava, era encontrar um Felipe Massa determinado, à sua frente. O piloto brasileiro sustentou sua posição na batalha travada volta a volta com Hamilton, que o atacava em várias partes do traçado, até a bandeira quadriculada. Felipe Massa chegou na sexta posição, e Lewis apenas na sétima.

A largada aconteceu de forma confusa, foram muitos dispersos por todo grid, múltiplos pedaços de carro perdidos na pista, e a agilidade na ultrapassagem que deu a Daniel Ricciardo a liderança da prova, após ultrapassar Nico Rosberg logo na primeira curva.

Ainda na primeira curva, as duas Ferrari colidiram, um acidente causado talvez (esta é a visão de Vettel), por Kvyat e sua Red Bull. Vettel disse em seu rádio, que Kvyat estava vindo atrás dele " como um louco ", e por isto não conseguiu manter-se em sua rota e bateu em Raikkonen, forçando seu companheiro de equipe dar uma passeadinha fora da pista. O resultado da largada: Hamilton, Vettel, Raikkonen e Grosjean, todos nos boxes para reparos em seus carros. 

A felicidade de Daniel Ricciardo não durou muito, na abertura da volta 4, ainda pelos detritos dos toques da largada na pista, o pneu traseiro esquerdo do australiano da Red Bull explodiu, tirando-o a liderança da prova, e mais algumas posições.

Houve bandeira amarela para limpeza do traçado, uma dúzia de carros nos boxes e um quase engavetamento, evitado pelo experiente Jenson Button

Volta 8 (lembrem desta volta) e tivemos o que possivelmente foi o top 10 mais estranho das últimas décadas da Fórmula 1. Alguns nomes, que não eram esperados nestas posições tão cedo- estes pilotos não entraram para os boxes, mas vale a pena guardar que na história tivemos este grid, sob safety car- estavam entre os 10 primeiros, descrito desta maneira:

  1. Rosberg
  2. Massa
  3. Alonso
  4. Wehrlein
  5. Gutierrez
  6. Kvyat
  7. Palmer
  8. Haryanto
  9. Perez
  10. Bottas

É isto mesmo, McLaren, Renault e as duas Manor estão nesta lista. Se for descrever todas trocas de posições, das 10 primeiras voltas, teríamos 500 linhas só até aqui, então a melhor maneira de mostrar o movimento é com a foto que a própria F1 postou em seu twitter, denominando-a como "caos".

Mais uma peripécia, desta vez Nico Hulkenberg entra na área de boxes em velocidade demasiadamente baixa e a velocidade era tão baixa que Sebastian Vettel que estava logo atrás do piloto simplesmente o ultrapassou, antes da passagem da linha do pitlane. Hulkenberg posteriormente foi penalizado em 5 segundos. 

Quase meia corrida completa e inacreditavelmente todos os carros ainda estão na pista, ainda estão disputando e ainda estão trocando posições. 

Dentro do numero de pit stops, boa parte dos pilotos permaneceram usando pneus macios e super macios, a McLaren resolveu colocar seus carros na pista com pneus médios, como a equipe apesar de estável, ainda possui deficit de aceleração, acredita-se que a ideia da corrida era manter-se na pista e coletar dados, claro, se chegasse aos pontos, seria ótimo. Ericsson era outro piloto que estava de médios.

Curiosidade* Jenson Button manteve-se 23 voltas empurrando sua McLaren com pneus médios. Não é à toa que o piloto é conhecido como o que "mais economiza" equipamento. 

Falando em economia e pit stop, a Williams surpreendeu pela segunda corrida consecutiva. Novamente uma parada de box de Felipe Massa foi a mais rápida, entre as 66 que ocorreram, na China. A equipe inglesa investiu em novos acessórios e treinamentos, e pelo que se pode notar, o resultado veio. 

Meia corrida e Rosberg possui nada mais, nada menos que 25 segundos de diferença para Kvyat que é o segundo colocado, seguido por Sebatian Vettel e Felipe Massa. As ultrapassagens diminuem um pouco, mas ainda existe ação no pelotão intermediário. 

A Renault não teve mesmo um bom fim de semana, após as quebras da sexta e um não tão bom treino classificatório no sábado, agora seus piloto disputaram posições entre eles, e após um bom tempo sendo "preso" pelo companheiro de equipe, Kvyat passou Palmer e mostrou um "belo dedo do meio" para ele.

Outro time que não teve um pingo de sorte, durante todo fim de semana, foi a Haas. Romain Grosjean chegou a informar a equipe, por rádio, que seu carro estava "indirigível", mas com palavras de encorajamento a equipe "pediu" que o piloto não desistisse e terminasse a corrida.

Nico Rosberg ganhou a corrida com mais de 31 segundos de diferença. O piloto venceu três das três primeiras etapas desta temporada, e somada as últimas vitórias em 2015, já são seis primeiros lugares em sequência. Sebastian Vettel foi o segundo depois de uma corrida cheia de acontecimentos , com Daniil Kvyat da Red Bull, em terceiro. "O melhor carro que já tive", exclamou Rosberg, pelo rádio, para equipe.