CRÍTICA: Sense8 (2ª Temporada)
(Foto: Divulgação/Netflix)

Chega na Netflix a segunda temporada de uma das séries mais queridas do público na atualidade, estamos falando de Sense8, que deixou os fãs na espera por quase dois anos. Mas e aí?! será que essa nova temporada correspondeu as expectativas?! Será que ela finalizou os arcos que tinham ficado em aberto na primeira temporada e no especial de Natal?! Vamos discutir isso agora.

Como vocês lembram, os sensates estavam sendo perseguidos pelo Whispers durante a primeira temporada, e isso praticamente não foi explorado no especial de natal, mas aqui o arco ganha um pouco de consistência, mas não tanta assim. Algumas perguntas foram respondidas, outras não, e novas dúvidas foram deixadas para a próxima temporada.

Não é de agora que a gente sabe que o roteiro de Sense8 não é dos mais profundos, e isso continua aqui. Os sensates até que tem um bom desenvolvimento, mas os personagens secundários são bastante superficiais, inclusive o vilão, que simplesmente é um plot qualquer em meio a tantos outros mais importantes. Os diálogos continuam expositivos demais e com o constante objetivo de deixar uma frase de efeito. E a série abusa demais dos exageros, vou citar só um exemplo, que é o da Nomi que consegue hackear um semáforo de trânsito do outro lado do planeta em segundos, o que pra ela parece ser a coisa mais fácil do mundo.

Mas se você não se importa com esses furos e exageros no roteiro, a série nos entrega coisas ótimas. A montagem e a química do elenco continuam sendo os seus pontos mais fortes. Você pode adorar cada sensate, mas vai concordar que as melhores cenas são quando eles estão juntos com um trabalho de edição é impecável. Não há nenhuma discrepância muito grande em atuação, estão todos razoavelmente bem.

Uma coisa que melhorou consideravelmente aqui foi o ritmo, que está bem mais intenso e dinâmico. Claro que ainda há alguns plots desnecessários e uma enrolada básica pra preencher tempo, mas isso reduziu bastante se compararmos com a primeira temporada.

A fotografia e a trilha sonora também continuam maravilhosos, com toda a dicotomia cultural que existe em várias partes do mundo expressas com maestria, a trilha sonora nem preciso comentar... só resta dizer que What's Up, do 4 Non Blondes se tornou o hino não oficial da série. E sobre as cenas gravadas na Parada Gay de São Paulo, foram lindas, pena que muito curtas.

Nessa temporada também tivemos mais cenas de ação e menos sexo, mas as poucas que tivemos foram caprichadas, Sense8 nos entrega um erotismo de forma bela como poucas séries entregam. O amor e o sonho são o que fazem a série ser diferenciada, sem censuras, o amor é lindo de todas as formas.

A segunda temporada de Sense8 é um pouco mais intensa que a primeira e tem um ritmo melhor. Continua tendo problemas, mas a série mantém sua estrutura, e se você já era fã, certamente vai ficar muito satisfeito.

NOTA: 7.4

VAVEL Logo