CRÍTICA - Atômica
(Foto: Focus Features/ Divulgação)

Uma agente (Theron) do MI6 em missão de rastreio e eliminação em Berlim, no ano de 1989, quando o muro da capital estava para ser derrubado. Tendo o auxílio de um já infiltrado agente (McAvoy) ela deve evitar os inimigos também infiltrados e desdobrar o enigma de um agente duplo. Atômica é um filme de ação ferrenho e que agrega com intelectualidade. Um verdadeiro achado que requer uma atenção dedicada, pois se remonta através de flashbacks.

O clima da capital alemã é vital na ambientação e leva o espectador com sucesso para o meio do conflito socio-político naquela época e local. A fotografia com tons escuros e frios é vital para passar o mundo e estado de vida que vivem os espiões. O desgaste humano físico e mental, entrecortado por momentos de vislumbres quentes e mais suavisados com o uso de luminescência mais berrante e em neon. Outro acerto que situa muito bem os momentos, sejam eles de violência, de sexo ou de meticulosidades, é a trilha sonora. De muito bom gosto, diga-se de passagem. Levando o plano sequência do terceiro ato ao uma delirante experiência cult em um eletrizante filme de ação. Vou reptetir umas coisas só pra deixar claro: eletrizante, ação, sequências. Pronto. 

Aqui temos uma personagem protagonista que soa mais que autência e realista, mesmo nas suas maiores peripécias. Uma mulher de cicatrizes no corpo e na alma, mas que sabe muito bem quem é e não se esconde por trás de certos moralismos e condutas cegas de dever. No conjunto espionagem, ação, reviravolta e trama, Atômica é tudo que Salt (2010) não conseguiu ser. E mesmo no seu plot twist que não chega a nos fazer tremer na base, o filme mantém a pegada inteligente e faz jus ao caminho até ali, construído para que tudo aquilo pudesse ter crédito. 

NOTA 0 à 5: 4

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