Neste sábado (14), pela disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo da Rússia, a Bélgica bateu a Inglaterra por 2 a 0 e chegou à sua melhor campanha na história dos Mundiais. Os gols da partida disputada no Estádio São Petersburgo foram marcados por Meunier e Hazard.

Sendo o regulamento contestado por muitos, as equipes disputaram um jogo final da competição, mesmo que sem grande valor pela vitória. A Bélgica chegava após perder por 1 a 0 para a França, na última terça-feira (10), enquanto a Inglaterra deu fim ao lema "It's coming home" no dia seguinte, ao perder na prorrogação para a Croácia.

Dadas as circunstâncias, a partida começou movimentada e em bom nível de disputa. Logo aos três minutos de jogo, enquanto as equipes ainda se estudavam, a Inglaterra optou por avançar suas linhas de marcação em busca de pressionar a equipe adversária. No entanto, não contava com que a bola caísse nos pés de Lukaku, que, com sua habilidade, enxergou infiltração de Chadli e passou entre os jogadores da defesa inglesa. O improvisado ala cruzou nos pés de Meunier, outro ala da equipe, que havia superado a marcação de Rose e chegava livre no território, tendo apenas o trabalho de escorar para as redes e abrir o placar da partida.

No geral, a Bélgica impôs considerável domínio durante a primeira etapa da partida, sendo efetiva na construção de jogadas - com erros nas finalizações das mesmas - e bloqueando investidas inglesas, tendo sido observadas muitas ligações diretas visando Harry Kane e Sterling, que, no entanto, sempre bloqueadas pela defesa belga. Ambas equipes tiveram chances de balançar as redes após o primeiro gol, no entanto, pecavam no tal "último passe" e as equipes se encaminharam com o 1 a 0 favorável aos belgas para o vestiário.

Insatisfeito com o rendimento de sua equipe, Southgate fez mexidas priorizando maior domínio do meio campo, com a entrada de Lingard no lugar de Rose, que não fazia boa partida, tanto no ataque quanto na defesa. A troca gerou resultados e os primeiros dez minutos de jogo foram de total pressão inglesa, inclusive, com duas chegadas de perigo. Entre elas, uma com Lingard, aos nove minutos, infiltrando na área e chutando cruzado. O artilheiro da competição, Harry Kane, se esticou para alcançar a bola, no entanto, sem sucesso e a mesma passou pela linha de fundo.

Enquanto a Inglaterra trabalhava pelo gol de empate, a Bélgica buscava ainda se encontrar no segundo tempo, mirando encaixar uma jogada de contra-ataque para concretizar a vitória, arma fatal da equipe durante a competição. No entanto, nas primeiras jogadas faltaram capricho e quem chegou mais perto de marcar inicialmente foram os ingleses. Aos 24 minutos, Dier tabelou com Rashford e chegou à frente de Courtois para empatar a partida. O volante caprichou na finalização e encobriu o goleiro, porém, quando a bola estava a centímetros de entrar no gol, Alderweireld, companheiro de Dier no Tottenham, afastou o perigo e manteve o 1 a 0 no marcador.

A Bélgica chegaria dez minutos depois, quando sua arma principal entrou em cena, em lance que, se concretizado, ficaria marcado nas lembranças desta Copa do Mundo. Em 15 segundos, em jogada envolvendo cinco jogadores e 11 toques na bola, os belgas cruzaram o campo com passes objetivos até a bola chegar nos pés de Meunier, que chutou forte com a parte externa do pé e forçou Pickford a fazer belíssima defesa. Dois minutos depois, De Bruyne, maestro da equipe que organizou o belo contra-ataque na jogada anterior, passou para Hazard com precisão, que apenas teve o trabalho de ajeitar, levantar a cabeça e escolher seu canto esquerdo para chutar e ampliar o marcador.

O gol encerrou as tentativas inglesas na partida, que se encaminhou para um calmo final. Assim, as equipes deram adeus à Rússia e da Copa do Mundo, que terá seu episódio final neste domingo (15), em partida entre França e Croácia. Com o resultado, a Bélgica chegou à sua melhor participação na história da competição, com o prémio de consolação para a caprichada geração que comporta. Por outro lado, a Inglaterra encerra de vez sua surpreendente aparição no torneio, onde muitos apontavam para uma nova atuação melancólica, que encerrou com o aumento do respeito da seleção campeã do mundo em 1966.