O Bayern de Munique conquistou seu sexto título de Champions League vencendo o Paris Saint-Germain de Neymar pelo placar de 1 a 0 neste domingo (23). No Estádio da Luz, Coman foi o autor do único e decisivo gol do jogo.

Foto: Divulgação/Bayern de Munique    

Final de Champions  é sempre um grande evento no futebol mundial. Nesta edição, era o confronto entre a considerada melhor equipe do mundo contra o caríssimo time de Neymar e Mbappé. Enquanto o Bayern ia em busca de seu sexto título na principal competição europeia, o PSG entrava em campo para sua primeira final.

E a grande final ainda contava com outra decisão. Com a manutenção do FIFA The Best, elegendo o melhor jogador do mundo na temporada, Neymar e Lewandowski viam na partida decisiva a oportunidade de levantar os dois troféus. O craque brasileiro tinha, finalmente, a chance de ter as conquistas pelas quais deixou o Barcelona. E o goleador polonês esperava ter sua melhor campanha na carreira, com as artilharias no Alemão e na própria Champions, recompensada com os títulos.

Estratégias

Thomas Tuchel fez apenas uma modificação em relação ao time que venceu o RB Leipzig na semifinal, voltando com Navas no gol. Esquema tático: 4-3-3. A zaga contou com Thiago Silva e Kimpembe. Nas laterais, Kehrer pela direita e Bernat pela esquerda. Herrera, Marquinhos e Paredes formaram a trinca de volantes. Mais à frente, Di Maria armava pela direita, Mbappé ameaçava em velocidade pela esquerda, e Neymar centralizava o ataque, saindo bastante para buscar o jogo e construir.

Hansi Flick também optou por somente uma alteração comparando com a equipe que derrotou o Lyon na semifinal: Coman no lugar de Perisic na ponta-esquerda. Esquema tático: 4-2-3-1. No gol, Neuer. Boateng e Alaba formaram a dupla de zaga, enquanto Kimmich e Davies cuidaram das laterais. No meio-campo, Goretzka e Thiago Alcântara compuseram a dupla de volantes. Mais à frente, Gnabry subia em velocidade pela direita, e Coman, pela esquerda, com Müller centralizado criando e entrando na área. E, no ataque, o artilheiro Lewandowski de centroavante, com movimentação e jogadas de pivô.

Bayern de Munique mantém tradicionais posse de bola e marcação alta, superando ineficiência de ataque do PSG

O primeiro tempo da decisão já teve início com o Bayern postando sua marcação alta característica, conseguindo roubadas. A presença no campo de ataque foi incisiva já nos minutos iniciais. Aos cinco minutos, Thiago Alcântara chutou de longe sem perigo para Navas. Até o volante Goretzka se arriscava no ataque, participando da criação e pisando na área.

O PSG, então, resolveu espelhar a marcação pressão. Aos 13, Mbappé recebeu passe longo na esquerda, invadiu a área, deu de calcanhar para Bernat, que devolveu para o camisa 7, mas teve a finalização bloqueada. Na sequência, outra bola no Mbappé em lance muito parecido e outro chute bloqueado.

O time de Paris pressionava a saída de bola do Bayern, forçava o erro adversário e aumentava seu tempo com a bola no pé. Aos 17, Mbappé deu belo passe encontrando Neymar invadindo a área pela esquerda. O brasileiro finalizou, Neuer fez boa defesa, Neymar chegou na bola antes de sair pela linha de fundo, mas o goleiro alemão interceptou mais uma vez.

Lewandowski quase abriu o placar aos 21, quando recebeu bem posicionado na área, girou e chutou acertando a trave. Na resposta, Neymar arrancou pelo meio, soltou a bola para Di María na direita, que tocou, recebeu e mandou por cima do gol. Boateng se machucou pouco depois, obrigando a equipe alemã a fazer sua primeira substituição com a entrada do também zagueiro Süle.

Quem tinha a posse de bola era o Bayern, mas a marcação alta do PSG continuava funcionando, conseguindo roubadas perigosas. Aos 28, cobrança de falta para o time francês na ponta-direita, a bola sobrou para Herrera tentar de fora da área, mas perdeu a direção do gol após desvio. Em seguida, cruzamento na pequena área, Lewandowski cabeceou entre os defensores adversários, e Navas defendeu no reflexo.

Enquanto Kimmich sofria na marcação de Mbappé, Neymar pedia mais velocidade ofensiva dos companheiros para subir em vantagem. Marquinhos tinha mais uma boa exibição, ajudando muito na defesa e participando na construção. E, já no fim da primeira etapa, uma grande chance para cada lado.

Aos 44, Alaba saiu jogando errado, Mbappé tabelou com Herrera, mas pegou mal na bola, e Neuer ficou com ela. No minuto seguinte, Gnabry cruzou rasteiro em jogada pela direita, mas Navas cai para fazer a defesa.

A segunda etapa não demorou para apresentar a normal superioridade em posse de bola do Gigante da Baviera. Duas faltas mais fortes esquentaram o jogo, aumentando o clima de disputa. O Bayern rodava a bola, estudando a melhor forma de chegar na área. Um dos destaques do time foi Thiago Alcântara, muito participativo nas construções, com visão de jogo.

E, aos 13 minutos, uma das equipes deu o primeiro passo em direção à taça. Kimmich cruzou da entrada da área pela direita e encontrou Coman na segunda trave, que cabeceou para abrir o placar na decisão e colocar o Bayern na frente. Pouco depois, Coman quase fez o segundo recebendo na segunda trave novamente, mas Thiago Silva tirou quase em cima da linha.

Tuchel resolveu mudar, mas timidamente, trocando um volante por outro. Paredes saiu para a entrada de Verratti. Coman, autor do gol, dava dor de cabeça pela esquerda, mas foi um dos escolhidos de Flick para as substituições. Deu lugar a Perisic, enquanto Gnabry saiu para a entrada de Coutinho. Com isso, o jogo do Bayern poderia ser mais levado para o meio, mantendo a bola.

Aos 24, Marquinhos fez o elemento surpresa recebendo de Di María na área em jogada rápida e chutando prensado, mas Neuer fez a defesa com uma das pernas. Em mais uma troca no PSG, Herrera deu lugar a Draxler. Di María ia bem, criando pela ponta-direita e levando perigo. Aos 28, Neymar tentou colocado da esquerda na entrada da área, mas mandou para fora. E a equipe francesa continuava pressionando a saída de bola adversária.

Tuchel tentou mais mudanças de peças: Bernat e Di María saíram para as entradas de Kurzawa e Choupo-Moting, respectivamente. Já no Bayern, Thiago Alcântara deu espaço a Tolisso. A estratégia de defesa do Gigante da Baviera era inteligente, marcando alto e mantendo a bola, como forma de segurar o placar favorável, não recuando e chamando o adversário. Aos 46, quase o gol de empate com Neymar em chute da esquerda na área para fora, mas foi só. Bayern de Munique hexacampeão da Champions League.

Próximos compromissos

O próximo compromisso do PSG é pela primeira rodada do Campeonato Francês fora de casa contra o Lens no próximo sábado (29) às 16h.   

O campeão Bayern de Munique volta a campo pela primeira rodada do Campeonato Alemão apenas no próximo dia 18 às 15h30, quando recebe o Schalke 04.