Imagine um jogo de adivinhação de jogadores de futebol. Eu penso em um atleta e você tem que adivinhar. Primeira dica: é um brasileiro rápido, habilidoso, ousado, driblador, um craque de bola. Bom, ainda está difícil. Aliás estamos falando do país do futebol. Segunda dica: tem a admiração e o reconhecimento de torcidas rivais. Melhorou. Podemos listar algumas opções, como Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Garrincha, Pelé, porém é preciso especificar mais. Última dica: teve uma carreira surpreendente e ao mesmo tempo precoce. Até podemos compará-lo a uma estrela cadente, um astro brilhante que passa rapidamente, mas com tempo suficiente para ser notado.

Estamos falando do saudoso Dener Augusto de Sousa. O jogador teve diversos apelidos durante sua curta carreiro, talvez um dos mais conhecidos seja “Reizinho do Canindé” — uma alusão ao estádio da Portuguesa, clube que o revelou

Proponho aqui mais uma alcunha: o cometa brasileiro. Assim como o corpo espacial, Dener era rápido e brilhava nos gramados com futebol alegre e envolvente, como não se via há tempos no Brasil. E da mesma forma que o cometa encontra o Sol e se desintegra, Dener encontrou a luz da sua eternidade, no entanto de forma tão precoce.

Embora tenha falecido há 26 anos, é difícil achar um torcedor que não saiba quem foi Dener. Negro, de origem humilde e morador da Zona Norte da capital paulista, o jogador é um exemplo para várias crianças. Ser uma inspiração para os jovens apenas reforça a memória do ex-meio-campista.

Porém, o maior legado deixado pelo “Reizinho” é a sua família. Dener foi casado e era pai de três filhos, Deniz, Felipe e Dener Matheus, respectivamente. Em entrevista exclusiva para a reportagem, o primogênito e o caçula falaram sobre curiosidades sobre o pai, a tentativa de serem jogadores, a relação com Vasco, Grêmio e Lusa e muito mais. Você confere a entrevista na íntegra clicando nos nomes do Dener Matheus e do Deniz.

Embora os filhos não tenham se tornado jogadores profissionais, a família Augusto tem chances de ver alguém seguir os passos de Dener. Trata-se de Rafael Augusto, de nove anos, neto do nosso cometa brasileiro. Fã do avô e meia-atacante, Rafael também falou com a reportagem, que você confere clicando aqui.

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