Nesta quinta-feira (26), o Vasco celebra o aniversário de 23 anos do título da Libertadores da América. Após vencer o Barcelona de Guayaquil nos dois jogos da final por 2 a 0 em São Januário e 2 a 1 no Equador, os cruz-maltinos levantaram a taça de uma das suas maiores conquistas.

Primeira fase

O ano de 1998 foi o centenário do Vasco e depois do tricampeonato brasileiro no Campeonato Brasileiro de 1997, o clube assegurou uma vaga direta para a Libertadores da América. O elenco perdeu duas peças fundamentais, os atacantes Edmundo e Evair e teve dificuldades para engrenar na competição.

A primeira fase da Libertadores tinha 20 times, ou seja, quatro equipes para cinco grupos. As três primeiras rodadas foram sem vitórias. Derrotas por 1 a 0 contra o Grêmio em Porto Alegre e 1 a 0 contra o Chivas-MEX em Guadalajara. No o terceiro jogo empatou com o América-MEX em 1 a 1, na Cidade do México.

Já em São Januário, a caravela vascaína tomou outro rumo. No primeiro jogo venceu o Grêmio por 2 a 0 e depois ganhou do Chivas-MEX por 3 a 0, o que garantiu a classificação antecipada para fase de mata-mata. Na última rodada entrou em campo com um time reserva e empatou com o América-MEX em 1 a 1 e, assim, avançou em segundo no grupo. O Grêmio ficou em primeiro.

Início do mata-mata

 Os primeiros confrontos foram antes da Copa do Mundo na França e nas oitavas o Gigante da Colina enfrentou o Cruzeiro. O primeiro duelo foi em São Januário e a torcida vascaína compareceu em peso para apoiar o time na vitória por 2 a 1. A partida de volta no Mineirão foi duríssima com muita pressão do time Celeste, mas a equipe carioca segurou o placar em 0 a 0.

Os jogos contra o Grêmio também tiveram tons dramáticos e na partida de ida, em Porto Alegre, o empate de 1 a 1 resumiu o equilíbrio entre as equipes. Já no Rio de Janeiro, os cruz-maltinos fizeram valer o mando de campo e o cria da base, Pedrinho, garantiu a vitória por 1 a 0 e a classificação para a semifinal.

Monumental ''final antecipada''

O River Plate era considerado uma das maiores potências do continente e tinha o elenco repleto de craques como Aimar, Ayala, Burgos, Gallardo, Saviola e Sorín. Portanto, os monumentais confrontos entre o time brasileiro e argentino desfrutavam de todos os contrates de uma final antecipada.

A semifinal do torneio foi depois da Copa do Mundo na França e o Brasil ainda estava sensibilizado pela derrota na final contra os franceses. Desta forma, o futebol brasileiro enxergou no Vasco da Gama uma maneira de se erguer e deixar a tristeza de lado.

Na partida de ida, em São Januário, Donizete marcou e decidiu o placar por 1 a 0. Na Argentina o River Plate largou na frente com gol de Sorín e continuou pressionando durante os 90 minutos.

No segundo tempo, aos 37 minutos, Juninho Pernambucano cobrou uma falta magistral que surpreendeu o goleiro Burgos e o empate classificou a equipe brasileira. Ali um sonho estava se tornando realidade: o Vasco estava na final da Libertadores. Anos após o feito, a torcida vascaína imortalizou o ''gol do Juninho monumental'' exaltando em uma música.

Hora de levantar a taça

Na finalíssima, o primeiro jogo foi no Rio de Janeiro. O Vascão deu uma aula de futebol para 36.273 torcedores presentes em São Januário vencendo o Barcelona de Guayaquil por 2 a 0 com gols de Donizete e Luizão. E praticamente colocou uma mão na taça.

Na volta em Guayaquil os equatorianos criaram um ambiente tenso e hostil, mas não o suficiente para tirar a seriedade e tranquilidade dos vascaínos. No campo a superioridade veio à tona e, com mais gols de Luizão e Donizete, os cariocas se consagraram campeões da América com vitória por 2 a 1.