Na noite desta segunda-feira (18), o Brasil enfrentou a Venezuela no Estádio Centenário de Armênia, em partida válida pela penúltima rodada da fase de grupos da Copa América. Em partida onde as brasileiras tiveram totalmente as rédeas do jogo, a boa atuação se deu mais na segunda etapa, com mais oportunidades, jogadas e gols. Bia Zaneratto abriu o placar na primeira etapa, para o Brasil. Ari, no começo do segundo tempo, o segundo. Debinha fez uma pintura no terceiro, e o quarto, também dela, selou a partida.

Brasil com vantagem e dominando

Correria para lá e correria para cá. As brasileiras começaram extremamente ofensivas, nas criações partindo pela defesa, buscando as pontas, já que o meio campo estava bastante congestionado e muito bem distribuído, não dando chances para possíveis infiltrações. Já as venezuelanas, encontrando grandes dificuldades de sair com a bola de pé em pé, acabavam pela tentativa de um drible a mais, para desafogar da marcação forte e ter mais clareza para o passe. 

Apesar da intensidade imposta e a superioridade técnica, o Brasil pecou bastante nos últimos passes, faltando com capricho e precisão, para que as companheiras pudessem entrar com uma oportunidade melhor para finalização. O que foi acontecer aos 22 da primeiro etapa, num belíssimo cruzamento de Tamires, Bia Zaneratto, que ainda não havia recebido uma bola em boas condições, subiu junto da defensora e cabeceou no alto, longe do alcance da goleira Nayluisa Cáceres, abrindo o placar para o Brasil.

A Vinotinto lutava para conseguir passar do meio-campo em boas condições para chegar ao ataque, mas a marcação alta e firme das adversárias, forçava as rivais a optar pelo lançamento longo, e consequentemente, a recuperação brasileira, que tentavam sair em busca do contra-ataque. Mas novamente, assim como antes do gol, pecavam nos últimos passes, e às vezes, faltavam opções para o passe conectar em condições para finalização.

Apesar do controle praticamente absoluto durante a primeira etapa, o Brasil chegou a sofrer seu maior susto quando o relógio bateu os 42 minutos. Numa falha defensiva na ponta que resultou em falta para a Venezuela, Deyna Castellanos levantou dentro da área e Lorena fez o primeiro corte. O rebote parou nos pés da rival, que bateu de primeira, mas pegou mal e a bola passou por cima do gol. Foi um dos únicos momentos em que as Guerreiras sofreram pressão, pois o restante da partida foi completamente da amarelinha.

Domínio, pressão e muitos gols

A segunda etapa teve seu início com a Venezuela numa postura diferente da primeira etapa, partindo para cima e chegando bem. Porém, num contra-ataque de manual, a seleção chegou até a área e Ari, tirando da goleira, aumentou o placar para o Brasil. E logo em seguida, num cruzamento milimétrico para dentro da pequena área, Debinha subiu sozinha e efetuou um cabeceio preciso no contrapé da goleira, que milagrosamente afastou o perigo.

Com a mudança de postura e estilo de jogo da Vinotinto e a mudança de peças brasileiras, colocando Gabi Portilho na ponta direita, o jogo mudou de ritmo e as chances se multiplicaram com o passar do tempo, em comparação a primeira etapa. Pouco mais de dez minutos, Debinha, recebeu um ótimo cruzamento – muito semelhante ao primeiro, que a goleira pegou – de Antônia, e de cabeça estufou as redes, deixando o Brasil com três tentos de vantagem. 

Sofrendo a pressão brasileira e sendo anulada no jogo, a Venezuela parecia grogue com as subidas da rival, que não paravam de incomodar e trazer perigo. A situação que já estava complicada, ficou ainda pior, quando Debinha entrou na área, tocou por baixo das pernas da marcadora e mandou uma bomba no gol, fazendo o quarto gol da Amarelinha na partida, com 20 da etapa final.

O placar já estava praticamente definido, e com isso, o ritmo verde e amarelo abaixou um pouco, diminuindo a rotação e dando pouco mais de liberdade para as venezuelanas, que conseguiram subir e oferecer perigo em três oportunidades, mas não chegaram ao gol. O Brasil respondeu, num foguete que deixou o travessão balançando, mas nada além disso. Pouco mais tarde, ao chegar nos acréscimos, a árbitra apitou o fim do jogo.

Situação da competição

Com a vitória, o Brasil chegou aos 9 pontos, faltando apenas uma rodada para a próxima fase, garantindo sua classificação antecipada para as semis da Copa América. A Venezuela disputará na última rodada com a Argentina, em confronto direto, uma vaga para as semis, já que ambas possuem 6 pontos na competição.

A Seleção Brasileira – já classificada – enfrenta o Peru na quinta-feira (21), às 21h, no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, em Cali, pela última rodada da fase de grupos.