De olho nas preparações continentais, a Dinamarca levou a melhor e venceu o Brasil por 2 a 1, no Estádio Parken, em Copenhaguen, que pela primeira vez recebeu a seleção feminina e bateu o recorde de público: mais de 22 mil torcedores - possui capacidade para 38.065 pessoas. Thomsen abriu o marcador em golaço de fora da área, Debinha empatou em bola jogada individual, mas Gejl garantiu o triunfo no de festa dinamarquesa.

Erros favorecem adversárias

A forte marcação de ambas as equipes ganhou destaque nos minutos iniciais. No entanto, um erro na saída de bola brasileira deixou Pernille Harder livre para abrir com Svava, que chutou cruzado para fora. As Guerreiras foram ganhando campo, subindo as linhas e tentando as jogadas pelos lados do campo. 

Os erros, principalmente, na intermediária defensiva produziam perigo às dinamarquesas. Harder recuperou de Fê Palermo, tocou para Thomsen. A atacante bateu com a canhota de fora da área e acertou o ângulo de Lorena. 

Quando não criava oportunidades para as companheiras, Harder tentava a conclusão e quase teve êxito. Após cobrança de falta, a capitã desviou de cabeça, mas Lorena evitou o pior.  Apesar da dificuldade da criação, as comandadas de Pia Sundhage tiveram sua melhor oportunidade. Bia Zaneratto acionou Debinha, que saiu tranquilamente de duas, mas acabou escorregando na hora da finalização e mandou à esquerda do gol. 

Svava tentou retribuir ao tentar acionar Harder. A camisa 10 acabou furando na risca da pequena área. A seleção sofria com marcação no meio-campo e se precipitava na tomada de algumas decisões. Em um respiro, chegou com Kerolin, bem individualmente, arriscou de longe e tirou tinta da trave. O perigo ainda era iminente. Ela, sempre ela, Harder quase ampliou. A conclusão acabou indo para fora. 

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Chances, gol da artilheira, mas triunfo vermelho

O ímpeto das mandantes seguiu da mesma maneira. A equipe verde e amarela apostava pelos lados e até teve outra chance bem no início. Bia Zaneratto esticou com Adriana. A camisa 11 encontrou Kerolin dentro da área. Ela bateu de primeira, sem marcação, e acabou isolando.

As Guerreiras ficaram mais ligadas e começaram a explorar a lentidão da zaga das adversárias. Bia Zaneratto resolveu arriscar, Christensen se esticou para espalmar. Debinha pegou o rebote e alçou para Bia cabecear no gol vazio. Ballisager apareceu, esticou a perna e evitou a igualdade. A atacante voltou a ter outra chance, após cobrança de falta, mas a goleira defendeu. 

Evolução durou pouco. Mudanças foram feitas de ambos os lados. Entre elas, uma obrigatória para a seleção. Tainara sentiu e deu lugar a Kathellen, enquanto no outro, uma comemoração: a experiente Nadia Nadim entrou em campo pela centésima vez com a camisa dinamarquesa. 

A dinâmica ia favorecendo o time de Lars Sondergaard para sair com o triunfo em dia histórico no Parken. A imprevisibilidade, ou melhor, a individualidade brasileira apareceu. Debinha, a artilheira da Era Pia, aproveitou a desatenção de Veje, driblou Boye e soltou um foguete no canto, marcando o seu 20º gol sob o comando da técnica sueca. Pouco durou o gosto de empate. Nadim, que chamava o jogo, deu uma caneta em Fê Palermo e deixou na medida para Gejl dominar livre e bater na saída de Lorena.

O que vem por aí

A Seleção Feminina fará seu segundo amistoso na Europa, contra a Suécia, em Estocolmo, na próxima terça-feira (28), às 13h30 (de Brasília). Já a Dinamarca recebe a Noruega, na quarta-feira (29), às 13h.