No momento, é Paolo Guerrero quem ocupa os holofotes por causa de um suposto doping: o atacante peruano foi suspenso preventivamente pela Fifa por 30 dias após um resultado analítico adverso vir à tona na última sexta (3); a substância encontrada é um metabólito da cocaína.

A equipe de advogados do camisa 9 já pediu a abertura da contraprova (amostra B de urina) de Guerrero; por enquanto, não se pode dizer que o peruano testou positivo. Enquanto a história se desenrola, é correto dizer apenas que o caso do capitão do Peru e camisa 9 do Flamengo está longe de ser o primeiro. Confira outras histórias de doping já confirmadas no mundo da bola abaixo:

Maradona

O caso de Dieguito talvez seja um dos mais emblemáticos da história do futebol - o argentino foi pego em exame antidoping na Copa do Mundo de 1994 por consumo de cinco substâncias da família efedrina, que encaixa-se na Classe S6 (estimulantes) de compostos proibidos pela WADA.

Apoio ao capitão: Guerrero chega ao Peru para reunião e é recebido por multidão de torcedores

Maradona se encaminha ao doping após partida contra a NIgéria (Foto: Michael Kunkel/Bongarts/Getty Images)
Maradona se encaminha ao doping após partida contra a Nigéria (Foto: Michael Kunkel/Bongarts/Getty Images)

A efedrina está presente em descongestionantes nasais e é responsável por dar um estímulo adicional aos jogadores. Maradona fez uso do composto antes de partida contra a Nigéria; vale lembrar que o camisa 10 já havia se envolvido em escândalo anterior por consumo de cocaína.

Jobson

Um dos casos mais conhecidos entre jogadores brasileiros, Jobson foi primeiramente suspenso por dois anos após ter confessado fumar crack; no desenrolar do caso, a pena do ex-Botafogo foi diminuída para seis meses. Apesar disso, em 2015, o jogador foi suspenso por quatro anos pela Fifa - a entidade atendeu pedido da federação árabe após Jobson ter se negado a fazer um exame antidoping durante sua passagem pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Fred (Shakhtar Donestsk)

O brasileiro Fred, que hoje atua no Shakhtar Donetsk (Ucrânia) foi pego no antidoping durante a Copa América de 2015. O volante testou positivo para hidroclorotiazida, um tipo de diurético. Atletas usam diuréticos comumente para promover rápida perda de peso; os compostos ainda servem para mascarar ou dificultar a detecção de outras substâncias.

 + Em meio a polêmica com Guerrero, entenda como funciona o passo a passo de exames antidoping

(Foto: Jose Manuel Alvarez Rey/NurPhoto via Getty Images)
(Foto: Jose Manuel Alvarez Rey/NurPhoto via Getty Images)

Inicialmente, Fred tinha sido impedido de disputar apenas confrontos organizados pela Conmebol. No entanto, em janeiro de 2016, a Fifa ampliou sua pena de um ano de suspensão a nível mundial, deixando o atleta de fora de quaisquer partidas - sejam elas amistosas, jogos internacionais ou domésticos.

River Plate

Camilo Mayada e Lucas Martínez, dois jogadores do River Plate, foram suspensos por sete meses cada e tiveram que pagar multa de US$20 mil após serem pegos no antidoping. Os atletas fizeram uso de OXA B12, um relaxante muscular proibido, em partida da Libertadores da América.

O exame que flagrou a infração ocorreu em duelo no mês de maio - logo, com os sete meses de pena (contados a partir do dia da partida), a punição para Martínez e Mayada estende-se até dezembro de 2017.