No próximo dia 5 de fevereiro, às 21h, o NRG Stadium, casa do Houston Texans, receberá o Super Bowl LI (51). O Atlanta Falcons, campeão da NFC, e New England Patriots, vencedor da conferência americana, irão se enfrentar na busca da coroação do campeão da temporada de 2016 da NFL.

Contando com esta participação, será a oitava vez que os Patriots estarão em busca do troféu Vince Lombardi. O retrospecto é favorável, mas de modo apertado: são quatro vitórias e três derrotas na finalíssima da liga. Porém, após a final de domingo, todos os jogos da franquia de Massachussets terão acontecido em um intervalo de 21 anos.

Todas as vitórias vieram na virada do século e com um fato: Tom Brady liderou o time nas partidas e ajudou o time no tetracampeonato. O jogador quebrará o recorde de um atleta em mais participações no Super Bowl, com sete presenças. Neste especial, você verá um resumo do que a franquia do norte dos Estados Unidos fez e o que afirmou o time na história.

Super Bowl XXXI (31): Primeira derrota

A temporada de 1996 colocou o New England como o segundo melhor time da AFC, atrás apenas do Denver Broncos. O time, a época comandado por Bill Parcels, terminou a temporada com 11 vitórias e apenas cinco derrotas. Nos playoffs, o quarterback Drew Bledsoe ajudou o time a derrotar o Pittsburgh Steelers na semifinal e na final da AFC bateu o Jacksonvile Jaguars por 20 a 6.

No antigo Louisiana Superdome, lar do New Orleans Saints, o Green Bay Packers de Brett Favre e Reggie White era o adversário dos Patriots no dia 26 de janeiro de 1997. Drew Bledsoe teve um jogo para se esquecer, com 27 de 48 passes completos, dois TDs e quatro interceptações. Os Packers aproveitaram os erros do time de Parcels e venceram seu 3° SB, agora por 35 a 21.

Super Bowl XXXVI (36): Vinatieri acertou no fim para a conquista inicial

Em 2001, agora com Bill Belichick no comando técnico após passagem apagada no Cleveland Browns, o time novamente repetiu a campanha de cinco anos atrás: 11 vitória, cinco revezes e a 2° colocação geral da AFC. Com mais uma diferença: Tom Brady, vindo do 6° round do draft de 2000, assumiu a titularidade no lugar de Drew Bledsoe. Nos playoffs, New England venceu o Baltimore Ravens em casa e destronou o melhor time da temporada regular, o Pittsburgh Steelers, fora de casa por 24 a 17.

Em fevereiro de 2002, novamente em New Orleans, os Patriots desta vez encararam o Saint Louis Rams, vencedor da NFC. Brady teve um jogo regular com 16 passes completos e um touchdown. O experiente Kurt Warner no entanto foi abaixo, lançando duas interceptações, apesar do TD lançado, faltando vinte segundos para o fim. Porém o jogo chegou empatado em 17 a 17. O kicker Adam Vinatieri, hoje no Indianapolis Colts, viu em seus pés a vitória para os Patriots, com field goal de 48 jardas convertido com sucesso no estouro do relógio. Foi a primeira vitória de New England em SB, com 20 a 17 no marcador.

Vinatieri com chute da vitória (Foto: Chris Lee/AFP)
Vinatieri com chute da vitória (Foto: Chris Lee/AFP)

Super Bowl XXXVIII (38): Segundo título decidido nos pés de Adam

Já estabelecido com um dos melhores times da época, os Patriots arrasaram na temporada regular. foram 14 vitórias e apenas duas derrotas, liderando a AFC. Tom Brady lançou para 3.620 jardas e 23 touchdowns, com 12 interceptações. Bill Belichick ganhou prêmio de melhor treinador do ano também. Na pós temporada, o time não teve dificuldades em bater em Tennessee Titans e o Indianapolis Colts de Peyton Manning, MVP naquele ano.

Em 1° de fevereiro de 2004, no Reliant Stadium, que hoje dá nome ao NRG Stadium, estádio do SB 51, New England enfrentaria o Carolina Panthers, vencedor da NFC após bater, fora de casa, o Saint Louis Rams e o Philadelphia Eagles. O camisa 12 de New England esteve impecável, com 32 passes completos, 354 jardas e três touchdowns. Porém, mais uma vez, Adam Vinatieri veio a campo com o jogo empatado em 29 a 29, em uma das partidas mais equilibradas da história do Super Bowl. Com um minuto no cronômetro, o então camisa 4 acertou chute de 41 jardas, fez 32 a 29 e viu seu time ir bem na defesa para garantir o segundo anel de campeão do time.

Brady e turma com 2° título para os Pats (Foto: Divulgação/Patriots)
Brady e turma com 2° título para os Pats (Foto: Divulgação/Patriots)

Super Bowl XXXIX (39): Título consecutivo e fincado entre os melhores da história

Bill Belichick continuou melhorando o time dos Patriots. Na temporada regular, o time ficou com 14-2, campanha idêntica à do ano anterior. A diferença ficou no líder da AFC. Os Steelers ficaram com 15-1 e tiveram Ben Roethlisberger como condutor do time, sendo eleito calouro ofensivo daquela temporada. Apesar disso, New England trucidou Pittsburgh em mais uma final de conferência, agora por 41 a 27.

Em Jacksonville, no dia 6 de fevereiro de 2005, os Patriots tiveram pela frente o Philadelphia Eagles, liderados pelo QB Donovan McNabb. A partida, no entanto, ficou sob controle de New England ainda na primeira etapa, não permitindo que os Eagles ficassem à frente do placar. O resultado final de 21 a 14 foi o mais tranquilo para os Patriots em um jogo de Super Bowl até então.

3° anel na conta de Belichick e Brady (Foto: Divulgação/Patriots)
3° anel na conta de Belichick e Brady (Foto: Divulgação/Patriots)

Super Bowl XLII (42): O Giants pela frente parte 1

Em 2007, tudo correu perfeitamente para os Patriots. A franquia venceu todos os 16 confrontos da temporada regular. Belichick foi eleito o treinador do ano pela segunda vez e Tom Brady, além de ganhar como melhor jogador ofensivo, venceu o prêmio de jogador mais valioso de 2007. Tom foi para 4.806 jardas, 50 passes para TD (recorde na época) e apenas oito turnovers, com rating de 177,2. Para muitos, foi a melhor temporada do quarterback na NFL. Nos playoffs, bateu Jacksonville e San Diego na final da AFC. O título invicto seria o pioneiro na NFL.

Em 3 de fevereiro de 2008, porém, o time parou em outro jogador de uma consagrada família na liga: Eli Manning, quarterback do New York Giants, vencedor da NFC em 2007. Tom Brady até tentou, mas pouco colaborou com o time na partida. Sem o camisa 12, no entanto, o time não chegaria onde chegou. Manning teve melhores números e contou com um passe dentro da endzone para o WR Plaxico Burress, antes do two minute warning, fazendo 17 a 14. Com o título perdido, os Patriots voltariam a final poucos anos depois contra um mesmo rival.

Super Bowl XLVI (46): O Giants pela frente parte 2

Diferentemente de quatro anos atrás, o New England Patriots não fez uma temporada de encher os olhos de seus torcedores, mas foi eficiente ao extremo quando conseguiu 13 vitórias na temporada regular, liderando a AFC. O desempenho foi abaixo do esperado pelo que os comandados de Belichick já haviam feito em anos anteriores. Jogando em casa, o time venceu os Broncos de Tim Tebow e Baltimore de Joe Flacco e Ray Lewis. Para o Super Bowl, o time teria o desfalque de Rob Gronkowski, melhor recebedor da equipe.

No Lucas Oil Stadium, em Indianapolis, o time de Tom Brady reencontrou um antigo rival de finais: o New York Giants, novamente conduzido por Eli Manning e pelo head coach Tom Coughlin. O placar foi diferente do Super Bowl XLII, porém com um mesmo vencedor. Manning e companhia venceram o time de Boston por 21 a 17.

Super Bowl XLIX (49): Interceptação para a história

Brady e Bill Belichick, uma das melhores duplas da NFL (Foto: David Philips/AP)
Brady e Bill Belichick, uma das melhores duplas da NFL (Foto: David Philips/AP)

Não colocado como principal favorito, o New England veio para a temporada como em outras oportunidades: podendo ser parado por Joe Flacco, Ben Roethlisberger ou Peyton Manning. Porém o time mais uma vez fez a melhor campanha da conferência americana, com 12 vitórias e quatro derrotas. No Gillete Stadium, venceu Baltimore Ravens (semifinal) e trucidou o Indianapolis Colts (final) com um 45 a 7.

No SB 49 em Glendale, Arizona, encarou o Seattle Seahawks, time temido na temporada e que acabara de vencer a final da NFL no ano anterior. Até o fim do 3° quarto, Seattle liderava com dez pontos de vantagem. Depois, Tom Brady apareceu no quarto derradeiro com passes para TD para Julian Edelman e Danny Amendola.

Mas, nos últimos instantes, vencendo por 28 a 24, os Patriots não pararam o ataque dos Seahawks e o time do noroeste americano chegou na linha de uma jarda do campo de ataque, um TD mataria o jogo e seria o bicampeonato de Seattle. Em uma chamada contestável, o QB Russell Wilson foi para o passe e tentou conversão com o WR Tyler Lockette. Mas apareceu Malcolm Butler. O cornerback antecipou-se ao recebedor e fez a interceptação na endzone. O resultado se manteve em 28 a 24, dando o quarto título aos Patriots.

Malcolm Butler com interceptação no fim (Foto: Rob Carr/Getty Images)
Malcolm Butler com interceptação no fim (Foto: Rob Carr/Getty Images)