Nada longe do parâmetro esperado: provando sua grande qualidade técnica e exaltando ainda mais a parceria entre o treinador Bill Belichick e o quarterback Tom Brady, o New England Patriots doutrinou, de novo, na temporada regular, demonstrando e colecionando grandes atuações. A soberania, de fato, existe, já que nenhuma outra franquia conseguiu se manter no topo tanto tempo quanto os Pats, mas será que a mesma será coroada com mais uma conquista de Super Bowl?

Início recheado de dúvidas

Como era o atual campeão, coube à equipe de Bill Belichick dar o pontapé inicial da temporada do futebol americano em 2017. Apesar do jogo contra o Kansas City Chiefs ter sido equilibrado na maior parte do tempo, o último quarto foi desastroso aos Patriots, que perderam por 42 a 27, com uma grande atuação de Kareem Hunt.

Nas duas semanas seguintes, duas vitórias, apesar das atuações não terem enchido os olhos dos torcedores: 36 a 20 em cima do New Orleans Saints e um apertado triunfo de 36 a 33 contra o Houston Texans. Apesar das vitórias, um possível desempenho dos Patriots passou a ser questionado por muitos, já que Tom Brady estava batendo na casa dos 40 anos.

A quarta partida selaria a “confirmação” de todos esses questionamentos, já que os Patriots saíram derrotados do Gilette Stadium derrotados para o Carolina Panthers, por 33 a 30. Com atuações não muito animadoras e resultados menos ainda, a equipe de New England passaria por uma pseudo-crise, apesar da temporada de futebol ter começado recentemente, o que poderia representar, em tese, um pré-julgamento errôneo.  

Subida de produção e domínio na divisão

Após esses inúmeros questionamentos, os Pats cresceram de produção justamente quando era necessário e, com maestria, voltaram a apresentar as atuações que todos os espectadores do esporte da bola oval estavam acostumados: com um jogo ofensivo, que prezava pelo ímpeto de ataque durante todo o jogo e que, ajudado pela habilidade de um dos maiores quarterbacks da história, enchia os olhos de qualquer um que assistisse.

(Foto: Jim Rogash/Getty Images)

Com todos os jogadores mostrando um grande desempenho, como Tom Brady, o tight end Rob Gronkowski, principal arma ofensiva da equipe, e o running back Dion Lewis sendo o jogador que percorreu maiores distâncias e que mais touchdowns corridos marcou e as regulares atuações do wide receiver Danny Amendola, os Patriots passaram a ser dominantes, vencendo qualquer outra equipe que passasse pelo seu caminho.

A partir disso, tornou-se comum ver vitórias de New England por largas vantagens. A cada semana que passava, melhores atuações a equipe apresentava, mostrando uma grande sincronia. A classificação para os playoffs, consequentemente, foi apenas um retrato de tudo isso: campanha de 13-3, primeiro lugar da AFC East com certa vantagem e empate no desempenho contando todas as equipes da conferência americana.

Playoffs e crescimento do desempenho em momentos decisivos

Chegariam os jogos mais esperados e complicados da temporada. Partidas eliminatórias: era, literalmente, tudo ou nada. Sem grande esforço e com pouca emoção, os Patriots derrotaram a surpresa Tennessee Titans na partida de divisão da AFC por 35 a 14, após sair perdendo por um touchdown. Como esperado, a equipe de Massachusetts, sem percorrer um caminho complicado, sairia vencedora da primeira partida da pós-temporada.

A emoção, porém, ficaria guardada para o jogo seguinte: enfrentando outra “surpresa”, os Patriots tiveram o Jacksonville Jaguars e sua forte defesa na final de conferência e passaram por momentos emocionantes até os instantes finais. A equipe de Blake Bortles fazia um jogo parelho até o terceiro quarto, estando vencendo, inclusive, por 17 a 10.

(Foto: Adam Glanzman/Getty Images)

Mas, são em situações como essas que os grandes provam o motivo de serem grandes e os Patriots virariam colocando os Jaguars contra sua principal qualidade, já que a equipe da casa teve um grande desempenho defensivo, liderado por Patrick Chung, destaque na temporada, e, com passes e jogadas de um nível elevado feitas por Tom Brady, conseguiram virar a partida nos instantes finais, consagrando uma vitória de 24 a 20.

No próximo domingo (4): a batalha final. Após muitas partidas, a superação de uma certa desconfiança e, em um momento – em tese – turbulento, a prova do bom trabalho e da regularidade, o New England Patriots tentará conquistar o seu sexto Super Bowl, provando e aumentando ainda mais a dinastia e o legado produzido por todos que tocam a franquia durante tanto tempo.