A atual campeão do Mundo vem para a Copa do Catar com (muitos) problemas para lidar. A situação da França vai além do campo, ficando mais precisamente no Departamento Médico. O time comandado por Didier Deschamps chega para a Copa do Mundo – até o momento em que este texto foi escrito – com cinco desfalques de peso, algo que é sentido dentro do time, visto que outros jogadores entram nos lugares desses, seja no time titular ou no banco.

Os jogadores fora de combate na Equipe Francesa passam por todos os setores do campo. No gol temos Mike Maignan, com uma lesão na panturrilha. Na defesa Presnel Kimpembe é que está fora, com uma lesão no tendão de Aquiles. Passando para o meio, N’Golo Kanté, com uma lesão na coxa, e Paul Pogba, com uma lesão no menisco, são os desfalques, estes junto com Kimpembe sendo do time titular da França e que se lesionou após a convocação, com Axel Disasi indo em seu lugar.

Por fim, agora no ataque, Christopher Nkunku fica de fora com uma lesão no joelho, este o último, em uma dividida com Camavinga já em treinos pela seleção, onde Kolo Muani foi convocado para seu lugar. E a situação poderia ser ainda pior pois Koundé e Benzema estavam lesionados e retornaram recentemente aos gramados por Barcelona e Real Madrid.

Kanté em atuação pela seleção francesa (Foto: Equipe de France)
Kanté em atuação pela seleção francesa (Foto: Equipe de France)

Perda de favoritismo?

Mas afinal, muitas lesões podem influenciar o desempenho da França e tirar o favoritismo da equipe para a buscar de sua terceira Copa do Mundo, sendo esta segunda seguida?

Com a exceção de Maignan, por ser o goleiro reserva e pela ótima fase de Lloris, todos os outros jogadores teriam claras chances de jogar e até de serem titulares durante a competição. Kimpembe por exemplo foi figura constante nos jogos de Nations League e de Eliminatórias em 2022.

Pogba e Kanté dispensam apresentações, por tudo o que já fizeram em clubes e pela seleção. Campeões mundiais em 2018, os dois sem sombra de dúvidas seriam titulares no meio de campo da seleção francesa e com certeza são baixas muito sentidas.

E por fim temos Nkunku, que apareceu recentemente para o mundo do futebol com grandes atuações e tendo uma temporada de destaque no Red Bull Leipzig.  Na Bundesliga 22-23 por exemplo são 15 partidas com 12 gols, sendo que na temporada passada foram 34 jogos pela competição, com 20 gols e 13 assistências. Juntando com a Champions, ele marcou mais três gols nas seis partidas da fase de grupos nesta temporada. Em 21-22 foram seis jogos e sete gols. Nkunku era um dos grandes favoritos a roubar a titularidade no ataque durante a competição em caso de boas atuações.

Nkunku com a camisa da França (Foto: Equipe de France)
Nkunku com a camisa da França (Foto: Equipe de France)

Com essas perdas a França perde muito de seu favoritismo. Não ter peças fundamentais no meio de campo tira a força francesa. Pogba e Kanté sendo remanescentes do título em 2018, se tornam naturalmente lideranças dentro do elenco, algo que quando não está lá é sentido pelos jogadores. Além disso, a França costuma usar uma formação com três zagueiros e perder um jogador do calibre de Kimpembe faz diferença na equipe. Por fim Nkunku vinha em clara ascensão na temporada, onde poderia ser extremamente útil vindo do banco ou virando titular ao lado de Benzema, Mbappé e cia.

Essas perdas podem sim tirar a França do patamar de favoritos ao título mundial. E deixo como podem, pois tudo depende do desempenho da equipe na fase de grupos para sabermos se essas baixas serão muito ou pouco sentidas. Mas de cara o baque é grande e mostra o patamar acima onde, segundo a famosa ‘opinião popular’, Brasil e Argentina reinam soberanas para buscar mais um Mundial para a América do Sul.

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