Vibrante como sempre, mais uma edição do torneio de base mais importante de todos chega ao fim nesta semana. Nesta quinta-feira (25), tradicionalmente no aniversário da cidade que dá nome a competição, a 49ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior conhecerá seu vencedor.

Com promessa de um Estádio do Pacaembu magnífico e completamente tomado, São Paulo e Flamengo decidem a glória máxima às 10h (de Brasília). Ambas as equipes buscam sua quarta conquista.

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'Dono da casa', o cenário está certamente mais propício para o lado paulista desta história. Além de aniversário da cidade, o São Paulo também comemora 88 anos nesta quinta, podendo iniciar sua temporada com o pé direito, dando alegria ao torcedor que há muito tempo vive de incertezas e desgostos. E para deixar um gosto vitorioso na boca do torcedor são-paulino, vamos relembrar a caminhada da última conquista do Tricolor na Copinha, que ainda revelou Lucas Moura e Casemiro ao mundo...

Fase de grupos

Detentor de uma das categorias de base mais famosas e consagradas do país, o São Paulo iniciou em 2010 a Copa São Paulo da mesma forma que nas edições seguintes: como um dos favoritos. E os garotos de Cotia mostraram desde o início que dariam trabalho naquele ano.

Um dos destaques da Copinha, Lucas Gaúcho fechou a fase de grupos com cinco gols em três partidas

O São Paulo esteve no Grupo H do torneio ao lado de CSA, Avaí e Operário-MS. A sede aconteceu na cidade de Jaguariúna, no Estádio Alfredo Chiavegato. A estreia diante dos alagoanos do CSA já demonstrou o que seria aquela campanha. Vitória por 4 a 0 com dois gols anotados por Lucas Gaúcho; Ronieli e Jeferson  completaram. Na rodada seguinte, passeio ainda maior sobre o Operário: 6 a 0! Os autores dos gols da estreia voltariam a brilhar, e Paulo Henrique, Filipe e Marcelinho (futuro Lucas) fechariam o marcador.

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Na terceira partida disputada, Lucas Gaúcho voltaria a marcar em duas oportunidades; Jeferson, Dener e Ronieli encerrariam a fase de grupos no triunfo por 5 a 0 diante do tradicional Avaí, de Florianópolis.

Lucas Gaúcho comemorando um de seus nove gols na Copinha (Foto: Divulgação/VIPCOMM)
Lucas Gaúcho comemorando um de seus nove gols na Copinha (Foto: Divulgação/VIPCOMM)

Segunda-fase/Oitavas de finais

Na fase seguinte, nada de moleza para o Tricolor. A equipe com o melhor retrospecto na primeira fase, com 15 gols marcados e nenhum sofrido, enfrentaria o Vitória da Bahia, equipe fortíssima nas categorias de base. Mas estava difícil impedir o poderio ofensivo são-paulino, que mais uma vez goleou: 4 a 0 em Jaguariúna. Gols de Casemiro, Dener, Marcelinho e novamente Lucas Gaúcho. 

Foi nas fases decisivas que Lucas Moura (ainda, Marcelinho) começou a despontar

A brilhante trajetória do Tricolor fez com que a equipe seguisse decidindo suas partidas em Jaguariúna, diante de um grande público que seguia comparecendo para ver aquela equipe que ainda não havia sofrido gols. Mas isso mudaria nas oitavas.

Em um verdadeiro clássico regional, o São Paulo recebeu no interior o Guarani, em uma 'reedição' da decisão do Campeonato Brasileiro de 1986. Mas diferentemente do que aconteceu décadas atrás, aquela partida em Jaguariúna esteve longe de ser equilibrada. Muito pelo contrário, mais uma goleada ocorreu. Lucas Gaúcho novamente brilharia, e anotaria um hat-trick; Bruno, e Marcelinho - em uma grande apresentação - marcariam na vitória por 5 a 1; Andrey Felipe descontou para o clube de Campinas.

Lucas Moura posa com a taça da Copinha (Foto: Divulgação/SLCenter)
Lucas Moura posa com a taça da Copinha (Foto: Divulgação/SLCenter)

Quartas de finais/Semifinais

Restavam mais três partidas para que o sonho do tricampeonato se tornasse realidade. A máquina são-paulina já era considerada, de longe, a grande favorita ao título, mas desta vez diante do Cruzeiro, o Tricolor encararia sua primeira pedreira. Primeiro porque sairia atrás no placar pela primeira vez na competição, quando Eduardo, de pênalti, abriu a contagem em Jaguariúna. Mas não daria nem tempo de lamentar o ocorrido, pois foram necessários apenas quatro minutos para que Ronieli igualasse. 

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Até os 31' da segunda etapa, o placar seguia em 1 a 1, quando novamente o futuro Lucas Moura, do Paris Saint Germain, campeão da Copa Sul-Americana pelo São Paulo dois anos após a Copinha resolveu decidir. De perna direita o garoto encheu o pé de fora da área para marcar o segundo tento tricolor, colocando sua equipe entre as quatro melhores do torneio.

Seguindo o ritual de todas as partidas anteriores, novamente Jaguariúna recebeu as joias de Cotia. A última 'pedra' no caminho seria o Juventude. Em mais uma partida apertada, digna de semifinal, José Vitor abriu o marcador, anotando seu primeiro gol na Copinha. Logo na volta para o segundo tempo, Marcelinho ampliaria em penalidade, dando um pouco de tranquilidade para o restante da partida... o São Paulo estaria no Estádio do Pacaembu no dia 25!

Final

Pela terceira vez na história o São Paulo decidiria uma final de Copa São Paulo de Futebol Júnior, na tradicional partida às 10h, no monumental Pacaembu e no aniversário da cidade. O seu adversário? Ninguém menos que o rival Santos, dono da base mais famosa do país, e quiçá, do planeta...

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E não demorou muito para o placar sair do zero. Após grande jogada de Alan PatrickRenan Mota invadiu a área e tocou por baixo de Richard aos 18', o Santos estava na frente. 

Herói são-paulino na Copinha, Richard está atualmente no Paraná, recém ascendido a primeira divisão do Brasileirão

Entre oscilantes bons momentos de ambas as equipes, o placar se arrastou quase até seu fim com a equipe da Vila Belmiro cada vez mais próxima do título. Até Ronieli aparecer.

Há cinco minutos do fim, após uma cobrança de escanteio ser rebatida de volta pra área, o atacante virou um voleio espetacular da meia luta, a bola entrou no ângulo da meta santista. Placar igualado, e a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2010 seria decidida nos pênaltis, aí surgiria o protagonista...

Jeferson, Dener e Marcelinho marcaram para o São Paulo; Alan Patrick, Alemão e Renan Mota pararam na muralha Richard, que surpreendentemente defenderia as três cobranças. Não havia outra maneira, São Paulo se consagraria como tricampeão da Copinha.

(Foto: Divulgação/AE)
(Foto: Divulgação/AE)