A contagem regressiva contagia mais do que nunca o torcedor cruzeirense. Melhor ataque da Série B, o líder Cruzeiro goleou o Náutico, por 4 a 0, pela 26ª rodada da competição, dentro da Arena Independência. O passeio gerou pela primeira vez em que o time estrelado marcou mais de dois gols em uma partida, além de jogar um balde de água fria em cima do técnico estreante, Dado Cavalcanti. Edu, finalmente, colocou o fim no jejum de 12 jogos e abriu a contagem do marcador, sendo sequenciado por Eduardo Brock, Lincoln e Jajá.

Pressão inicial gera resultado

Mesmo se aproximando do tão sonhado número mágico, 64 pontos de acesso, a Raposa não mostrou acomodação por ter folga na liderança, começando o jogo pressionando e trocando passes em campo ofensivo. Wesley Gasolina era bastante procurado pelo corredor do lado direito. Através dele, Luvannor criou as primeiras oportunidades. Com o passar do tempo, o histórico negativo diante dos mandantes pairou sobre o Timbu, que passou a ter dificuldades na marcação e não conseguiu ficar com a bola. 

Era pressão e mais pressão celeste. Era questão de tempo para a redonda morrer dentro das redes. Após cobrança de escanteio, Luvannor bateu fraco. A defesa não cortou direito, Lucas Oliveira acabou ajeitando para Edu, que caiu em disputa com Anilson. A bola sobrou com o zagueiro, que encheu o pé para abrir o marcador. No entanto, o VAR apareceu e analisou impedimento de Eduardo Brock na origem da jogada. O Cruzeiro seguiu com o seu ritmo de buscar a vantagem antes de ir para o intervalo. Bruno Rodrigues resolveu arriscar na ponta esquerda. O goleiro Bruno reagiu rapidamente. Depois, Edu soltou uma bomba e bambeou a trave alvirrubra. Foi na segunda tentativa que o atacante, finalmente, pôde tirar o peso das costas. Zé Ivaldo levantou na medida, ele conseguiu desviar de cabeça no meio de dois e colocou fim no jejum de 12 jogos sem marcar.

Devido a intensidade, o ritmo estrelado caiu. E, numa desatenção, em erro na inversão, o Náutico acelerou o jogo. Depois de troca de passes, Thomaz dominou com liberdade na entrada da área e balançou a rede pelo lado de fora. O primeiro lance dos visitantes, que mostraram que ainda estavam vivos. Antes do intervalo, Souza cobrou falta na área. A bola quicou e Rafael Cabral foi buscar no canto.

Foto: Divulgação/Cruzeiro
Foto: Divulgação/Cruzeiro

Virou goleada

O Timbu voltou com as linhas de marcação mais altas. O jogo ficou mais equilibrado. As faltas começaram a aparecer, mas o Cruzeiro seguia com mais volume de jogo. Porém, pecava nos erros de passes, entre os quais, favoreciam os visitantes. Souza pegou a sobra de um desses lances e arrematou com liberdade. Brock bloqueou dentro da área.

As mudanças feitas pelo auxiliar Martin Varini fizeram os mandantes a terem as redes da partida novamente. O volume aumentou. Na bola parada, Bidu cobrou escanteio. Zé Ivaldo tocou de cabeça para o meio e Brock direcionou para o fundo das redes. 

O resultado e o tempo viraram inimigos dos comandados de Dado Cavalcanti. O zagueiro João Paulo levou o vermelho direto por deixar o braço na cara de Luvannor. Para complicar a situação, a arbitragem marcou pênalti para o Cruzeiro. O VAR chamou a arbitragem para revisar a mão de João Paulo dentro da área. Lincoln, que entrou no decorrer do segundo tempo, cobrou com categoria, acertando o canto direito, enquanto o goleiro ficou petrificado no meio da baliza. A mão de Varini voltou a brilhar. Jajá, em seu primeiro lance, bateu colocado dentro da entrada da área. Bruno estica todo, mas não alcança 

Situação

Com o resultado, a Raposa chega aos 57 pontos, 13 a mais que o Bahia, segundo colocado, e 19 para o Londrina, primeiro time fora do G-4. Falta sete pontos para o número mágico dos times que garantem o acesso à elite do futebol brasileiro. Já o Timbu amarga o último lugar na tabela de classificação, 20º, somando 21.

Sequência

Na próxima terça-feira (30), o Cruzeiro visita o Sampaio Corrêa, no Castelão, às 19h (de Brasília). Às 21h30 (de Brasília), do mesmo dia, o Náutico duela contra o CSA, no Rei Pelé.