Na única partida de simples masculina do dia 12 do Australian Open, nesta sexta-feira (25), o número um do mundo, Novak Djokovic, atropelou a surpresa do torneio, o #31 Lucas Pouille, de 24 anos, em sets diretos, com parciais de 6/0, 6/2 e 6/2, em 1h23 de partida na Rod Laver Arena, na penúltima partida do Australian Open na ATP.

A vitória confirmou a sétima vitória de Djokovic em sete semifinais no Australian Open, sendo Pouille o primeiro tenista fora do top 5 a ser batido. No geral, o sérvio venceu a sua 104ª semifinal, voltando a vencer após ter a sua sequência de sete vitórias quebrada pelo espanhol Roberto Bautista Agut, em Doha. Nos Slams, o número  da ATP fará a sua 24ª final, podendo vencer seu terceiro major consecutivo.

A ida para a final garante a volta de Djokovic aos 10.000 pontos no ranking, podendo chegar aos 10.955 caso conquiste o título, abrindo quase 3.000 pontos de vantagem sobre Nadal nessa hipótese. Caso o espanhol vença, a diferença ficará em pouco mais de 1.000 pontos apenas. Pouille, com o melhor resultado num Slam em sua carreira, ganhará 14 posições e voltará ao top 20, ficando em #17, sete posições atrás de sua melhor colocação na vida, a décima posição.

Durante o confronto, o sérvio mostrou um de seus desempenhos mais altos no torneio, com 24 bolas vencedoras e somente cinco erros-não forçados, contando com um nível baixo de Pouille, que não conseguiu apresentar o tênis jogado ao longo das duas semanas. O francês marcou 27 erros não-forçados e 18 winners, não tendo sequer uma chance para quebrar o serviço de Djokovic, o qual converteu sete quebras em 12 oportunidades.

Em entrevista após a partida, Djokovic confessou que definitivamente essa foi uma das suas melhores partidas no Australian Open, em que tudo funcionou como ele gostaria, desejando a Pouille sucesso no restante da temporada, afirmando que o francês possui o potencial para ser um tenista top 10 outra vez. Quanto à sua recuperação desde o último Slam australiano, em que saiu antecipadamente com problemas físicos, o sérvio admitiu que se imaginaria em tal situação 12 meses depois devido ao fato de sempre estar com uma visão otimista e acreditar em seu potencial.

Na final, Novak Djokovic enfrentará o maior rival de sua carreira, o número 2 da ATP Rafael Nadal, que também venceu fácil sua semifinal contra o #15 Stefanos Tsitsipas. Os dois formam a maior rivalidade da Era Aberta, com 52 confrontos, quatro a mais que Djokovic e Federer, a segunda maior. Em partidas contra o espanhol, o atual número 1 do mundo possui 27 vitórias contra 25 de seu adversário, vencendo o mais recente, na semifinal de Wimbledon 2018. O único embate no Australian Open, na final de 2012, foi vencido por Djokovic em 5h53 de jogo. 

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