Um dos maiores torneios de tênis do mundo se aproxima, e justamente o de maior sucesso entre os brasileiros até hoje. A próxima edição de Roland Garros ocorre entre 29 de maio e 11 de junho, em Paris, na França, com a rodada de classificação acontecendo entres os dias 22 e 28 de maio.
Entre os Grand Slams, o torneio francês é o que trouxe os melhores resultados para o tênis brasileiro. O famoso tricampeonato de Gustavo Kuerten (1997, 2000 e 2001) é acompanhado de outros cinco títulos de tenistas nacionais na história: um em duplas femininas, com Maria Esther Bueno (ao lado da americana Darlene Hard, em 1960); outro em duplas masculinas, com Marcelo Melo (ao lado do croata Ivan Dodig, em 2015); dois em duplas mistas, com Bueno (ao lado do australiano Bob Howe, em 1960) e Thomaz Koch (junto à uruguaia Fiorella Bonicelli, em 1975); e, ainda, em duplas juvenis, com Guga (em parceria com o equatoriano Nicolás Lapentti, em 1994).
Agora, em 2023, o país tem a possibilidade de fazer outro grande ano em Roland Garros. De acordo com um levantamento feito pelo sites-de-apostas.net, a edição deste ano pode bater o recorde de tenistas brasileiros participando das chaves de simples do torneio, em todo o século XXI. Neste período, o maior número de atletas nacionais presentes até hoje foi quatro, em 2002, 2005 e 2009.
Dois tenistas já estão garantidos em 2023. A maior esperança brasileira, no papel, é com Bia Haddad Maia. A paulistana alcançou, na última segunda-feira (8), uma marca inédita para o país, sendo a primeira a atingir o Top 10 no ranking de simples da WTA e no Top 15 de duplas, após título no WTA 100 de Madrid ao lado da bielorrussa Victoria Azarenka.
Thiago Monteiro (98º da ATP) é o outro tenista do Brasil que já está dentro das chaves de simples principais, nesse caso, da masculina. Ao lado dele e de Bia Haddad, outros jogadores poderão entrar no torneio. Laura Pigossi, Carol Meligeni Alves e Felipe Meligeni estão confirmados no qualifying.
Enquanto isso, Thiago Wild (188º da ATP) pode ser outro a jogar a fase classificatória. Nesse momento (09/05), ele é o sexto na lista de espera para entrar no quali. O paranaense precisa contar com algumas desistências, que costumam acontecer, para conseguir sua vaga. Sendo assim, caso Maia e Monteiro ganhem a companhia de mais três atletas vindo da fase preliminar, o Brasil terá a sua maior participação do século.
Vale ressaltar que, nas duplas, o Brasil deve ter grande presença também, como de costume nos últimos anos. Nomes como a própria Bia Haddad Maia, a medalhista olímpica Luisa Stefani, Rafael Matos (campeão no Australian Open deste ano, ao lado de Stefani), Marcelo Melo e Marcelo Demoliner têm grandes possibilidades de fechar parcerias para o torneio.