Se o primeiro objetivo dos clubes que sobem da Série B para a Série A é a manutenção na elite do futebol brasileiro, então Ceará e Fortaleza têm resultados para mostrar que já cumpriram metade da missão. Faltam 19 jogos para confirmar uma ascensão esportiva e administrativa no estado nordestino.

Ceará com a regularidade

Começando pelo Vozão, que terminou o primeiro turno na 13ª posição, sem entrar uma única rodada na zona de rebaixamento, com 38% de aproveitamento total, 56,6% de aproveitamento em casa e 18,5% fora de casa. Mantendo o aproveitamento em casa e com uma melhora fora — o Alvinegro só venceu um jogo como visitante e obteve dois empates — a permanência na Série A pode vir com mais tranquilidade. O Ceará é G-6 do Brasileiro em cruzamentos certos (19 por jogo) e desarmes (16,8 por jogo) e não teve nenhum jogador expulso.

Os destaques individuais ficam por conta de Thiago Galhardo, artilheiro do time com oito gols, e Ricardinho, com quatro assistências. O técnico Enderson Moreira, que chegou em abril deste ano, mantém um esquema regular de 4-2-3-1 com variação para o 4-4-2. Os jogos de destaque do Ceará no primeiro turno são as vitórias sobre Grêmio, Palmeiras (tirando a invencibilidade do Verdão que vinha desde 2018 no Brasileiro) e Fortaleza —  todos esses jogos na Arena Castelão.

"O primeiro objetivo nosso é muito claro, que é não cair [...], a capacidade do time é bem maior que a pontuação [...] e qualquer sequência de bons resultados pode mudar o patamar da equipe na competição", disse o treinador Enderson Moreira, em coletiva após o empate em casa contra o Botafogo na 19ª rodada. O Ceará não vence a cinco jogos e estreia no returno contra o CSA, em Maceió, no próximo domingo (22).

Thiago Galhardo (Foto: Divulgação/Ceará Sporting Clube)
Thiago Galhardo (Foto: Divulgação/Ceará Sporting Clube)

Fortaleza se recuperando da perda de Ceni

O Tricolor do Pici veio embalado para o Campeonato Brasileiro: campeão da Série B 2018, do Cearense 2019 e da Copa do Nordeste 2019. Fase vitoriosa capitaneada pelo treinador e ídolo Rogério Ceni. Com a manutenção de boa parte do elenco do ano passado e adição de alguns bons valores, como o experiente Wellington Paulista, o Fortaleza veio para se manter e subir de patamar nacionalmente.

Apesar da regularidade e de bons resultados, a campanha até agora também teve problemas e altos e baixos, como a derrota na estreia para o Palmeiras por 4 a 0 e a saída do treinador Rogério Ceni após revés para o Ceará no Clássico-Rei. Veio Zé Ricardo e manteve a regularidade do time, já comandando uma grande reação contra o Santos na 16ª rodada — saiu perdendo de 3 a 0 e terminou com 3 a 3. O Fortaleza com um aproveitamento total de 38%, 48% em casa e 30% fora, vem se equilibrando como possível, sem ainda empreender uma sequência maior de bons resultados.

Tanto com Rogério como com Zé Ricardo o esquema mais usado na competição foi o 4-2-3-1, com um meio-de-campo sempre bem ocupado tanto para defesa como para transições rápidas. O Tricolor é G-10 do Brasileiro nos rankings de gols marcados (22), grandes chances criadas (37) e bolas longas (20 por jogo). Os destaques individuais ficam por conta de Wellington Paulista, com cinco gols marcados, e Juninho, com três assistências.

"A gente tem nossos objetivos. Quanto mais a gente se manter afastado da zona de rebaixamento, que é o objetivo principal do clube, a gente vai em busca disso", disse Zé Ricardo após o  empate por 1 a 1 contra o Bahia no fechamento do turno. O Fortaleza estreia no segundo turno contra o Palmeiras, no próximo domingo (22), na Arena Castelão.

Wellington Paulista (Foto: Divulgação/CBF
Wellington Paulista (Foto: Divulgação/CBF)

E agora?

Dessa maneira, metade do caminho para a permanência na Série A já foi galgada tanto pelo Vovô quanto pelo Leão. Faltam mas 19 jogos para vermos o desfecho da saga cearense.

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