As competições de futebol, e também de outras modalidades, estão paradas há cerca de um mês devido ao covid-19 e ainda não há data prevista para voltar a existir jogos. Com isto a crise também chegou ao desporto de todo o mundo, nomeadamente aos clubes portugueses.

O presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF), Artur Fernandes, afirma que a crise de 2008 e 2012 não alcançou a dimensão que esta pandemia já está a causar no desporto português, como o próprio afirma, "a crise veio para todos, mais grave do que a crise de 2008". "Em 2008, ninguém deixou de trabalhar, de se movimentar ou de tentar produzir", acrescenta. 

Como consequência, quando o mercado de transferências abrir "os clubes vão ter de baixar os valores dos passes dos jogadores, se os quiserem vender. Caso contrário, vão ter de ficar com eles", afirma o presidente da ANAF. Outra consequência tem a ver com as receitas das bilheteiras e o merchandising, uma vez que as lojas estão fechadas.

A UEFA quer saber até agosto quais são os clubes que vão às competições europeias. Desde 17 de março que o organismo responsável pelo futebol europeu diz estar juntamente com a Associação Europeia de Clubes e a Associação das Ligas Europeias para analisar todas as opções para que se conclua a época 2019/2020.

Daniel Sá, diretor do IPAM, numa entrevista ao Jornal de Negócios referiu que quando esta pandemia for ultrapassada teremos um futebol diferente dos últimos anos, "mais comedido, do ponto de vista do dinheiro que envolve", podendo existir "uma reorganização do futebol", acrescenta. 

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