A Premier League da temporada 2015/16 não poderia ser mais recheada de surpresas. O candidato a briga pelo rebaixamento no início da temporada Leicester City conquistou merecidamente o título de campeão desta edição da competição. A equipe de Claudio Ranieri foi consistente o tempo todo em todos os aspectos possíveis, sendo esse um fator crucial para o primeiro título da história dos Foxes. A disputa pelo título ocorreu com Arsenal, que saiu da concorrência em março e com Tottenham, que também fez um campeonato extraordinário, superando todas as expectativas, mas não o suficiente para o caneco. Não podemos esquecer, porém, que os Spurs começaram a caçada ao troféu tardiamente.

O Arsenal repetiu a atuação que anda tendo nos últimos anos: começou bem, dando a entender que iria brigar pelo título, porém no final da temporada acaba ficando para trás ao perder pontos preciosos e terminando em terceiro na tabela. Manchester City, que na época que vem terá Josep Guardiola em seu comando, fecha o G-4. O rival do City, Manchester United, lutou até o final por uma vaga na próxima Uefa Champions League, mas ficou apenas com a quinta colocação, assegurando vaga na Europa League que vem.

Com um início conturbado, o campeão do ano passado, Chelsea, chegou a beirar a zona de rebaixamento. Com o pior início da era Abramovic, o técnico da equipe na ocasião, José Mourinho, foi demitido em meados de dezembro. Guus Hiddink assumiu e deu nova cara ao time, que conseguiu se recompor e terminar na parte de cima da tabela após uma série de bons resultados.

Na parte debaixo da tabela, nenhuma surpresa. Com uma campanha terrível de apenas 17 pontos, o Aston Villa foi rebaixado em último colocado, sendo acompanhado por Newcastle e Norwich, esse último recém-promovido. A batalha por um lugar na próxima Premier League foi intensa entre os clubes e desde o início tinham muitos candidatos, como o Bournemouth que, em sua primeira participação no certame não teve dificuldades em se manter entre os 20 melhores do país.

Como de costume, a VAVEL Brasil fez a sua seleção dos melhores jogadores da Premier League. O campeão Leicester e o terceiro colocado Tottenham têm quatro jogadores cada um, sendo a grande maioria devido às suas campanhas. Apenas De Gea e Harry Kane estava na lista no ano passado, para notar a grande diferença de temporada como um todo em relação ao ano passado. Arsenal e West Ham completam a lista dos onze melhores. A tática escolhida para distribuição dos atletas será a 4-4-2.

Foto: Laurence Griffiths/Getty Images
Leicester venceu o primeiro campeonato nacional da sua história nesta temporada. (Foto: Laurence Griffiths/Getty Images)

Confira a seleção VAVEL da Premier League de 2015/16

Goleiro: David De Gea (Manchester United)

Dono da meta dos Red Devils desde que Van Der Sar se aposentou, o espanhol não decepciona. Unanimidade debaixo das traves, Dave é de longe o melhor jogador do seu time, o salvando sempre de tomar empates ou até perder jogos. Sabemos que é bem difícil o vencer e é por isso também que está na nossa seleção, sendo o grande líder da nossa defesa.

Foto: Alex Livesey/Getty Images
Foto: Alex Livesey/Getty Images

Lateral Direito: Héctor Bellerín (Arsenal)

Preciso nos desarmes, marcação razoável, bons apoios ofensivos além de grande velocidade, Bellerín ganhou com larga vantagem em relação ao segundo colocado na posição. Único representante dos Gunners, o espanhol fez um campeonato de excelente, conseguindo apresentar grande evolução às duas últimas temporadas. A raça do nosso camisa 2 é extremamente importante também.

Foto: David Price
Foto: David Price/Getty Images

Zagueiro: Wes Morgan (Leicester)

O xerife do campeão entra na nossa seleção com a consistência, solidez e liderança que se precisa de um capitão. Um dos principais jogadores da campanha do Leicester, o jamaicano se tornou unanimidade ao ser o primeiro de seu país a vencer a Premier League. Não tinha mesmo como Morgan ficar de fora, além de ser nomeado o líder do time, levando a braçadeira de capitão.

Foto: Plumb Images/Getty Images
Foto: Plumb Images/Getty Images

Zagueiro: Toby Alderweireld (Tottenham)

Chegou na equipe de Londres para ser a solução como dupla de zaga com Vertonghen e dar maior solidez no sistema defensivo dos Spurs. Foi capaz de introduzir isso e ser o nome da zaga do Tottenham logo em sua primeira temporada com o clube, sem precisar do tempo de adaptação que a entrada em uma nova liga demanda e já guardar o seu lugar no nosso time de melhores jogadores. A dupla de zaga com Morgan certamente deixaria qualquer adversário pensativo antes de avançar em direção a eles.

Foto: Catherine Ivill/Getty Images
Foto: Catherine Ivill/Getty Images

Lateral esquerdo: Danny Rose (Tottenham)

Anteriormente contestado na função após alguns erros importantes em outras temporadas, Rose conseguiu a consistência que precisava para conseguir a confiança dos torcedores e comissão técnica. Se tornando o melhor da sua nacionalidade em sua função, aprimorou os dotes defensivos e ofensivos, transformando-se numa boa peça ao seu time nesta temporada, ganhando inclusive vaga no English Team. Venceu a disputa acirrada com Fuchs por um voto e não foi à toa.

Foto: Catherine Ivill/Getty Images
Foto: Catherine Ivill/Getty Images

Meio-campista: N’Golo Kanté (Leicester)

Você já viu aquela frase que um cientista disse recentemente: “70% do mundo é composto por água e os outros 30% por N’Golo Kanté”? Então, é isso. O francês estava em todo lugar durante toda a temporada, sendo o homem da volância dos Foxes. Força, raça, consistência (aliás, todos desse time tiveram isso) e presença em campo são umas das muitas características que compõem o jogador. Presença garantida na seleção, certamente.

Foto: Matthew Ashton/AMA/Getty Images
Foto: Matthew Ashton/AMA/Getty Images

Meio-campista: Dele Alli (Tottenham)

Em sua primeira temporada jogando na Premier League, o inglês não deixou que sua idade e possível imaturidade o atrapalhasse. Desconhecido no início do ano, era visto como uma aposta que apenas poucos viam que tinha condições de render bons frutos ao Tottenham e até a seleção inglesa. Rendeu. E muito. Autor de grandes e importantes gols, Alli tem aos 19 anos sua primeira convocação a nossa seleção, mas certamente o veremos mais vezes nos próximos anos aqui.

Foto: Catherine Ivvil/Getty Images
Foto: Catherine Ivvil/Getty Images

Meio-campista: Riyad Mahrez (Leicester)

O grande pilar ofensivo do campeão, a arma desconhecida dos Foxes, o homem que foi o responsável pela orquestração do ataque de seu time. Veloz, com precisão de passe, drible e boa visão deixam Mahrez à frente de muitos que disputaram com ele uma vaga no time do ano. Participou diretamente de 24 gols do Leicester além de muitas vezes ter iniciado jogadas que resultaram em gol. É o nome do time.

Foto: Mark Leech/Getty Images
Foto: Mark Leech/Getty Images

Meio-campista: Dimitri Payet (West Ham)

Mais um que fala francês em terras inglesas. Isso em outros tempos causariam grandes estragos e é exatamente o que Payet foi capaz de fazer na temporada – no sentido bom da palavra. Logo em sua estreia contra o Arsenal marcou o seu primeiro gol de falta na temporada, marca registrada do atleta. É outro jogador que não deu bola para a tal da adaptação, aliás. O homem das bolas paradas.

Foto: James Griffiths/Getty Images
Foto: James Griffiths/Getty Images

Atacante: Jamie Vardy (Leicester)

A sensação da temporada e de nome interligado com o seu time, Vardy não tinha como ficar no nosso banco. Vice-artilheiro da Premier League, ficou com a artilharia em seu colo por boa parte da temporada; quebrou o recorde que antes era de Van Nisterooy em mais partidas seguidas marcando gols. Com 29 anos atingiu o ápice da carreira depois de ter passado por Fleetwood Town, Halifax Town e Stocksbridge, esse último da atual oitava divisão, vai ter sua vida transformada em filme já confirmado. Sobre as características: força física, resistência, grande movimentação, posicionamento e finalização.

Foto: Catherine Ivill/Getty Images
Foto: Catherine Ivill/Getty Images

Atacante: Harry Kane (Tottenham)

O inglês confirmou que não era só um one-season wonder (quando o jogador faz uma grande temporada e some) e se provou como o centroavante do Tottenham e da Seleção Inglesa. Artilheiro da temporada com 25 gols, foi importante na ótima campanha dos Spurs não só com gols, mas com assistências e participações decisivas dentro de campo que não contassem para as estatísticas. É o único jogador de linha que repetiu convocação à nossa seleção.

Foto: Catherine Ivill/Getty Images
Foto: Catherine Ivill/Getty Images

Melhor técnico: Claudio Ranieri (Leicester)

Bastante criticado por ter treinado grandes times e nunca ter ganhado algo de relevante, foi conquistar o título logo num time que na teoria brigaria para o rebaixamento. Ranieri não fez apenas milagre, visto que ele mesmo havia dito que o time tinha grandes jogadores e ele não entendia porque a direção tinha como visão apenas fugir do descenso. Humilde durante toda o ano, nunca afirmou que o seu time era favorito à conquista do troféu mesmo na reta final quando abriu sete pontos de vantagem para o vice-líder. Grande mentor e um dos principais responsáveis pelo feito que para alguns é o maior da história do futebol.

Foto: Plumb Images/Getty Images
Foto: Plumb Images/Getty Images

Melhor jogador: Riyad Mahrez (Leicester)

Foto: Catherine Ivill/Getty Images
Foto: Catherine Ivill/Getty Images

Revelação: Dele Alli (Tottenham)

Foto: Catherine Ivill/Getty Images
Foto: Catherine Ivill/Getty Images

Menções honrosas

Goleiros: Michael Schmeichel (Leicester) e Jack Butland (Stoke).

Laterais: Christian Fuchs (Leicester), Michail Antonio (West Ham), Nacho Monreal (Arsenal).

Zagueiros: Chris Smalling (Manchester United), Laurent Koscielny (Arsenal), Jan Vertonghen (Tottenham).

Meio-campistas: Idrissa Gueyé (Aston Villa), Mesut Özil (Arsenal).

Atacantes: Sergio Agüero (Manchester City), Anthony Martial (Manchester United), Marcus Rashford (Manchester United).

Técnicos: Slaven Bilic (West Ham), Mauricio Pochettino (Tottenham).