Depois de 44 anos, México e Polônia voltam a se encontrar em uma Copa do Mundo, novamente na fase de grupos. As seleções do Grupo C se enfrentam nesta terça-feira (22), às 13h pelo horário de Brasília, no Estádio 974, em Doha.

As duas equipes chegam pressionadas ao Catar. Os mexicanos, comandados por Tata Martino, atravessam uma fase inconstante de resultados, o que vem gerando desconfiança por parte dos torcedores. Já os poloneses vem de uma campanha ruim na Nations League, com direito a goleada sofrida pela Bélgica por 6 a 1, e buscam na Copa a recuperação. 

As duas seleções realizaram amistosos preparatórios antes do início da competição. O México enfrentou a Suécia em seu último teste e saiu derrotada pelo placar de 2 a 1. A seleção polonesa por sua vez enfrentou o Chile em casa e venceu por 1 a 0, com gol de Piątek. Lewandowski foi poupado e não entrou em campo.

  • Duelo tem goleada e longa invencibilidade

O histórico entre as seleções é marcado pelo equilíbrio. Em oito partidas disputadas, foram três vitórias para cada lado e dois empates. No único encontro entre eles no Mundial, a Polônia levou a melhor. 

Pela Copa de 1978, o time europeu venceu o México por 3 a 1, pela terceira rodada da fase de grupos e avançou em primeiro lugar do grupo 2. Essa, porém, foi a última vitória polonesa até aqui.

De lá pra cá, foram cinco duelos, os mexicanos foram dominantes. Entre os resultados, houve a goleada por 5 a 0 em 1985, maior placar da história do confronto até aqui. 

  • Histórico das equipes na Copa do Mundo

Os mexicanos querem manter o bom retrospecto em estreias no Mundial. A última vez em que a seleção perdeu em seu primeiro jogo foi na Copa de 1994, quando foram superados pela Noruega por 1 a 0. Nas edições seguintes, foram cinco vitórias e um empate nas partidas inaugurais pela competição.

Outro objetivo dos mexicanos é avançar para a fase de quartas de final. A única vez que a equipe passou das oitavas de final foi no mundial de 1986, quando sediou a competição e superou a Bulgária por 2 a 0. 

Já a Polônia chega ao Catar com o objetivo de quebrar o jejum de 36 anos sem passar da fase de grupos. A equipe, liderada em campo por Robert Lewandowski, busca voltar à fase mata-mata, que não acontece desde a Copa do México de 1986. Na competição, o melhor resultado obtido pela seleção foi o terceiro lugar em 1974 e 1982.

  • México promete propor jogo

O técnico Tata Martino, que disputa seu segundo mundial como treinador, deve mandar a campo um time semelhante ao que escalou no último amistoso antes da competição. Entre os titulares, devem aparecer o experiente goleiro Ochoa, que chega a sua quinta participação em copas, e o meia Herrera, outro medalhão da equipe.

As possíveis alterações podem acontecer no meio de campo, com a entrada de Edson Álvarez no lugar de Carlos Rodríguez, e no ataque, com Hirving Lozano na vaga de Uriel Antuna. Outro veterano da seleção, Guardado deve começar entre os reservas.

Durante a coletiva de imprensa, o treinador da seleção mexicana falou sobre o peso do confronto diante dos poloneses. "Procuramos jogar sempre da mesma forma, propomos o jogo. O primeiro jogo marca o rumo de uma Seleção no Mundial; pelas características do grupo, frente à Polónia é ainda mais decisivo".

Provável escalação: Guillermo Ochoa; Jorge Sánchez, César Montes, Héctor Moreno, Jesús Gallardo; Edson Álvarez, Héctor Herrera, Luis Chávez; Hirving Lozano, Henry Martín e Alexis Vega.

  • Polônia deve manter base do último amistoso

Motivados e com ambição para apagar o desempenho ruim da última copa. É assim que Grzegorz Krychowiak, volante polonês, enxerga o elenco que viajou para o Catar. A equipe titular deve ter o retorno de Lewandowski, que não entrou em campo na última partida.

Outras mudanças devem acontecer no meio, com as entradas de Bereszynski, Zielinski e Zalewski nos lugares de Gummy, Szymański e Frankowski. O técnico Czesław Michniewicz destacou o que, segundo ele, é o ponto forte do elenco. “A nossa força é uma mistura de juventude e experiência e queremos mostrá-la em campo”.

Provável escalação: Szczesny; Bednarek, Glik e Kiwior; Bereszynski, Krychowiak, Zielinski, Zurkowski e Zalewski; Milik e Lewandowski.

  • Arbitragem

Árbitro: Chris Beath (Austrália);

Assistente 1: Anton Shchetinin (Austrália);

Assistente 2: Ashley Beecham (Austrália);

Quarta árbitra: Stephanie Frappart (França);

VAR: Shaun Evans (Austrália).