Na manhã deste sábado (21), O Corinthians venceu o Real Brasília na Neo Química Arena por 1 a 0 (3-0 no agregado), para um público de mais de 9 mil torcedores, e garantiu a classificação para as semifinais do Campeonato Brasileiro Feminino. O único gol da partida saiu dos pés de Tamires, do meio da rua. No dia em que as goleiras vinham sendo destaque, principalmente Lelê, que pegou absolutamente tudo, assegurando a classificação corintiana.

Intensidade e goleiras brilhando

Início de primeiro tempo bem equilibrado, com o Real Brasília mancando em blocos altos, pressionando o adversário e impedindo de jogar como gostaria, o que forçava o rival a buscar novas possibilidades. Já o Corinthians, buscava sempre sair com inteligência, tocando de pé em pé, aproveitando a qualidade de suas atletas para prosseguir ao campo de ataque. Jogando em casa e com dois gols de vantagem na decisão, a equipe paulista jogava sem afobação, enquanto o relógio corria mais rápido para o Real.

A partida ficava cada vez mais interessante quando os ataques e as chances iam aumentando, para os dois lados. As Leoas do Planalto apertaram bem o Corinthians e levou bastante perigo quando a atacante avistou a goleira adiantada e tentou do meio da rua, mas a bola subiu demais e perdeu a direção. As Brabas responderam logo em seguida, numa belíssima jogada de contra-ataque pela ponta direita e invertendo para Tamires, na esquerda. O primeiro cruzamento a goleira cortou, no segundo, Grazi pegou bonito de cabeça, mas sem força, ficando nas mãos da goleira Dida.

O Corinthians jogava com bastante posse de bola, tocando em seu campo de defesa e meio campo, tentando puxar a marcação adversária para poder sair com mais chances de progressão, mas não conseguia ser eficiente. O Real, nos contra-ataques era mais perigoso e quase abriu o placar, mas Lelê afastou o perigo, mais uma vez e a defensora completou para longe, que partiu com a bola, após ganhar da defensora adversária. Sozinha, com uma companheira e contra a goleira das Leoas, a atacante corinthiana, Adriana, não confiou na companheira e tentou passar da goleira, que deu um tapinha para impedir o gol das Brabas. Era uma chance clara, de ouro, mas acabou desperdiçando. Em seguida, Lelê – a muralha corinthiana – impediu mais uma grande chance das Leoas do Planalto de abrir o placar, de forma impressionante.

Nos minutos finais da primeira etapa, Jheniffer, atacante das Brabas, quase abriu o placar após boa jogada de Adriana – que ficou no chão –. A atacante aproveitou a vantagem, limpou a marcação e bateu no cantinho da goleira, mas a bola passou tirando tinta da trave. Poucos instantes depois, a arbitragem apitou e as equipes desceram para o intervalo.

Nova postura e golaço

A volta para a etapa final se deu com comportamentos diferentes nos primeiros minutos. O Real Brasília passou a sofrer bastante com a marcação em blocos altos do Corinthians, não conseguindo partir para o ataque como fez na primeira etapa. As Brabas, por sua vez, se fizeram bastante ofensivas, como ainda não haviam sido na partida, buscando as jogadas em velocidade e profundidade. Algumas chegadas foram bem perigosas, com a goleira Dida batendo roupa em bola simples, que quase complicou a situação da equipe, mas conseguiu se recuperar bem.

O jogo pegou um ritmo extremamente favorável para as Brabas, quando as segundas bolas passaram a ficar quase sempre em domínio corinthiano. E numa dessas, Tamires recebeu na intermediária e avistou a goleira adiantada. Do meio da rua, bateu firme e alta. Dida errou no encaixe da bola, bateu roupa, e ela foi morrer no fundo das redes, aumentando a vantagem para 3 a 0 no agregado, num belo arremate de Tamires. As Leoas do Planalto voltaram para etapa final mais desligadas, enquanto ao Brabas, voltaram a todo vapor, na busca pela vitória e não apenas a vaga.

O Real precisava de pelo menos três gols e não sofrer mais nenhum, logo, partiram para o ataque de maneira mais incisiva. Trabalhando a bola mais no campo de ataque e buscando um passe quebra-linhas, para deixar suas atacantes em condições de finalizar, e quase deu certo em duas tentativas. Em uma, a defensora alvinegra afastou o perigo no último segundo. A outra, foi forte e ficou nas mãos de Lelê. No entanto, as Leoas não podiam se descuidar, pois no lado oposto tinham As Brabas, que tem um poder ofensivo muito forte e de muita qualidade, como mostrou Tamires. Nenê, atacante da equipe de Brasília, é uma das mais procuradas em campo, mas teve muita dificuldade para fazer essa bola chegar até ela.

Com a partida entrando nos minutos finais, as Brabas ainda chegavam bastante ao ataque e buscavam ampliar o marcador. O que aconteceu, mas a arbitragem já pegava o impedimento. Pouco mais adiante, nova oportunidade, mas parada pelas mãos de Dida. Com o fim dos acréscimos, a árbitra encerrou a partida.

Situação na competição

Com a vitória em casa, o Corinthians confirmou a sua vaga nas semifinais. E, assim como no ano passado, o Palmeiras também será o seu adversário, em um novo dérbi valendo vaga para a final da competição nacional.

A primeira partida acontecerá na Neo Química Arena, ainda em data a ser definida, e a volta no Allianz Parque, também em data a ser definida.