Depois do acidente de Jules Bianchi, a FIA tentou encontrar forma de evitar que aquele tipo de acidentes acontecesse. A solução encontrada teve inspiração no WEC, com a implementação de um Safety Car Virtual, imitando as chamadas “Slow Zones” usadas no campeonato do mundo de endurance.

Como funciona o Virtual Safety Car?

Na ocorrência de um acidente em que seja necessária a entrada dos comissários para a pista, ou que a segurança do piloto seja posta em causa mas que a situação possa ser resolvida rapidamente e não seja necessária a entrada do Safety Car (basicamente situações de dupla bandeira amarela), será usado o sistema de Safety Car Virtual. A direcção de corrida comunicará às equipas via mensagem que existe uma situação de Safety Car Virtual, será mostrada nos painéis da pista a mensagem “VSC” e nos carros os pilotos receberão igual mensagem, e também passarão a ver os tempos parciais que estão a fazer por sector. A partir daí, os pilotos não serão autorizados a entrar nas boxes, a não ser para troca de pneus, e terão de ficar acima de um tempo limite mínimo estabelecido entre cada posto de controlo. Os carros não poderão ser conduzidos de forma demasiado lenta, errática ou colocando em perigo os outros carros. Todos os que fizerem tempos abaixo do establecido pelos comissários serão penalizados.

Quando a pista estiver livre, uma mensagem será enviada a avisar que a pista está livre e num intervalo de tempo que vai de 10 a 15 segundos serão mostradas bandeiras verdes e luzes da mesma cor nos ecrãs do traçado, momento a partir do qual a corrida poderá prosseguir de forma normal. As bandeiras e mensagens nos ecrãs serão mostradas durante 30 segundos e depois recolhidas.


O sistema que foi testado nos GP dos EUA, Brasil e Abu Dhabi e foi na generalidade bem recebida por todos. É claro que se trata de um sistema novo e passível de ser melhorado ,mas no geral é uma medida positiva que poderá melhorar a fluidez das corridas sem haver necessidade de tantas entradas do Safety Car, algo que já foi alvo de criticas por parte de muitos intervenientes.

Veremos com o sistema resulta em situações reais, mas a sua implementação é já para começar no primeiro GP do ano, em Março, na Austrália.