Vitória muito sofrida da equipa do FC Porto na receção ao União da Madeira. Quando parecia ter as contas do jogo equilibradas, dois golos de rajada de Danilo Dias gelou o Estádio do Dragão e lançou incerteza no resultado até final. Jesús Corona aliviou o 'clima' com o golo do triunfo mas fica a nota de mais uma exibição que deixa muito a desejar dos azuis e brancos. 

Primeira-parte: Um golo e pouco mais

Face às muitas baixas no plantel, devido a lesões e castigos, José Peseiro apresentou muitas surpresas na formação inicial: Chidozie e Layún fizeram dupla de centrais; José Ángel de novo titular. No miolo surgiu Sérgio Oliveira acompanhado por Rúben Neves e Herrera, com Aboubakar a recuperar a titularidade em detrimento de Suk. Início de jogo com natural mais posse de bola para a equipa portista, sem no entanto conseguir criar qualquer perigo. O reduto defensivo bem preenchido do União dificultou muito a tarefa dos azuis e brancos em construir lances de perigo. Com Tiago Ferreira e Gian Martins colocados próximos dos centrais, a arte de desequilibrar de Brahimi e Jesús Corona ficou constantemente ofuscada com a falta de espaço no setor mais avançado.                        

Camaronês de volta aos golos.

A resistência da equipa da Madeira durou até ao minuto 25’, quando Sérgio Oliveira iniciou uma bela triangulação ao servir Maxi Pereira na direita, que cruza com perfeição para Aboubakar fazer o primeiro no Estádio do Dragão, o seu décimo segundo no campeonato. Vantagem natural da única equipa com bola, da única equipa que procurou o golo até ao momento. Dez minutos volvidos e os homens de Norton de Matos estiveram muito perto do empate, com Amilton a obrigar Casillas a excelente defesa após remate à entrada da área. Na resposta, Aboubakar surge em bela posição mas tenta ‘picar’ o esférico sobre Ricardo Campos, sem sucesso. Antes do término do primeiro tempo, lugar para um desperdício incrível de Miguel Cardoso, que se deslumbrou perante tanto espaço na área portista. Intervalo com FC Porto a controlar, a ter bola mas alguns sustos alarmantes, em mais um jogo com percalços defensivos.

Segunda-parte de surpresa e ação

Cinco minutos do início do segundo tempo e os ‘dragões’ a aumentarem a vantagem, através de um grande golo de Herrera. O mexicano, descaído para a esquerda e já dentro da grande área, puxa para dentro atirando em arco, sem o mínimo de hipóteses para Ricardo Campos. Era de se esperar maior tranquilidade e confiança na posse de bola mas a verdade é que a equipa de Peseiro adormeceu no jogo, permitindo ao União da Madeira subir no terreno e aparecer com mais perigo.                                                            

Danilo Dias de novo em destaque.

Uma dupla substituição, quase seguida com as entradas de Cádiz e Danilo Dias, fizeram magia e uma recuperação que se adivinhava praticamente impossível. Minuto 62’ e após belo trabalho pela direita, Cádiz serve Danilo Dias para este reduzir o marcador no Dragão. Pelo meio Herrera ainda surge na cara de Ricardo Campos o guardião a manteve a sua equipa viva na partida. Minuto 67’ e o impensável acontece na Invicta! Novamente Cádiz, já dentro da grande área e em esforço a servir Danilo Dias para, sem problemas, empatar a partida. De recordar que o brasileiro já tinha sido o herói da vitória do União da Madeira frente ao Sporting. O Dragão, incrédulo, viu o estreante a titular Sérgio Oliveira quase recuperar a vantagem para os da casa, com um remate muito perigoso à passagem do minuto 75’

Corona fez sorrir os seus adeptos.

Perto dos noventa minutos e o momento de alívio para adeptos, Direção e equipa técnica no Dragão. Tabela bem trabalhada entre Corona e Suk com o mexicano a atirar forte para o terceiro golo do FC Porto, num lance em que o guardião Ricardo Campos podia ter feito melhor. Até final, a equipa da Madeira procurou importunar a defensiva portista mas o resultado estava feito. Mais três pontos para os azuis e brancos que não deixam assim fugir o Sporting, equipa que venceu esta tarde o Estoril por 1-2.