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Sporting isola-se na liderança da Liga

À 12ª jornada, o Sporting isolou-se na liderança da Liga ZON Sagres, aproveitando o deslize do Benfica, que recebeu e empatou com o Arouca. O Porto recuperou, batendo um cada vez mais afundado Braga, e é agora segundo, em igualdade pontual com as «águias». O Paços de Ferreira tornou a perder, desta feita contra o competente Estoril, que continua em bom plano, e a equipa de Henrique Calisto mantém-se como lanterna vermelha da competição.

Sporting isola-se na liderança da Liga
Com 29 pontos à 12ª jornada, o Sporting é o líder isolado da Liga ZON Sagres (Foto: Luís Vieira).
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Por Hugo Picado de Almeida

Fechada a 12ª jornada da Liga ZON Sagres, o Sporting mantém a liderança que conquistara há uma semana, mas destaca-se agora como líder isolado - algo que os «leões» não conseguiam desde 2005 -, após impor um 0-2 ao Gil Vicente, assinalando a primeira derrota dos gilistas no Estádio Cidade de Barcelos. Para se isolar, a equipa de Alvalade beneficou ainda de um imprevisível escorregão caseiro do Benfica frente ao Arouca (2-2), que coloca os arouquenses temporariamente fora da zona de despromoção, ainda que em igualdade de pontos com o Olhanense e a apenas um ponto de distância do Paços de Ferreira, que continua a fechar o cortejo da Liga. Quanto ao Porto, recuperou esta jornada a vantagem que perdera para o Benfica e ocupa agora o segundo posto da tabela. Com a vitória por 2-0 diante do Braga, os «dragões» quebram um percurso de três jogos sem ganhar e agravam a crise do Braga, derrotado em seis dos últimos sete jogos para o campeonato. Os «guerreiros» não vão além de um modesto 10º lugar e apenas contam com 15 pontos até agora, metade dos que foram conquistados pelo líder Sporting. 

Quem se afundou ainda mais na tabela foi o Paços de Ferreira, que não se encontra com as vitórias, nem antes com Costinha, nem actualmente com o experiente Henrique Calisto. Em casa, na Mata Real, o último classificado defrontou o Estoril e a eficácia da equipa «canarinha» colocou a formação pacense «no bolso» sem grandes dificuldades: Balboa inaugurou o marcador a passe de Sebá, João Pedro Galvão fez o 0-2 num tiro de fora da área e Bruno Lopes, com um toque pleno de habilidade, fixou o resultado em 0-3. O Estoril consolida o seu quarto lugar beneficiando da derrota do Gil Vicente. Noutro dos encontros da jornada, o Vitória de Setúbal continua a levar a água ao seu moinho: vitória magra mas preciosa sobre a Académica, por 1-0, com um golo do português Ricardo Horta à passagem do minuto 74. Devido aos ânimos exaltados no final da partida, Halliche recebeu ordem de expulsão.

A 12ª jornada tem ainda outro número que merece destaque: 30. É o número de golos que o Sporting já leva na competição (tem mais oito do que Porto e Benfica), confirmando-se como o melhor ataque da Liga. Quase metade (13) têm assinatura do colombiano Montero, que marcou os dois golos da última vitória, em Barcelos, e que é cada vez mais o melhor marcador da prova. Na defesa, os dragões apresentam-se como os melhores da Liga, tendo apenas sofrido oito golos, enquanto que o Sporting já permitiu nove e o Benfica, que até à jornada anterior tinha a melhor defesa do campeonato, vê agora o Arouca relegá-lo para o terceiro lugar do pódio também neste particular, tendo visto os adversários festejar por 10 ocasiões. O avançado portista Jackson Martínez também foi protagonista da jornada ao bisar frente aos bracarenses, aumentando a conta de golos para a dezena, nos 12 jogos em que participou. O trio de avançados temíveis é completado por Heldon, maritimista que voltou a bisar e já soma 8 golos no campeonato.

Zero a zero: dupla nulidade total

O Vitória de Guimarães recebeu o Belenenses mas, entre receber e visitar, pouco mais aconteceu no Estádio D. Afonso Henriques, quer da parte de quem recebeu, quer da parte de quem visitou. A primeira parte pendeu para o lado dos azuis do Restelo, que tentaram controlar as operações, mas sempre sem o ímpeto aventureiro que tanta falta faz na busca do golo. Na segunda metade foram os vimaranenses a tomar para si a responsabilidade de atacar, esticando-se no terreno com a entrada do velocista Malonga, mas o resultando nunca se alterou. Maazou confirma que continua numa longa seca interna: o avançado não comemora um golo para a Liga Zon Sagres desde o primeiro jogo da competição. Matt Jones, guardião da formação do Restelo, foi um elemento em destaque na partida, segurando a inviolabilidade da sua baliza e impedindo a derrota.

Heldon bisa em «derby» imprevisível

Heldon foi o herói da partida, reincidindo na façanha que obtera há uma semana atrás: marcar dois golos e roubar o protagonismo a colegas e adversários. A façanha repetiu-se nos Barreiros contra o Nacional: logo aos 11 minutos o cabo-verdiano inaugurou o marcador, mas Diego Barcellos restabeleceu a igualdade aos 28. A expulsão de Marçal, a meio do segundo tempo, veio dar um forte golpe nos planos de Manuel Machado, e foi mesmo o Marítimo que, em superioridade numérica, acabou por fazer o 2-1, de novo por Heldon, desta feita da marca da grande penalidade. Quando tudo fazia prever um triunfo caseiro, Zainadine furou a previsibilidade e empatou a partida em cima do minuto final do tempo regulamentar. O Nacional leva já 5 jogos consecutivos a empatar, enquanto o Marítimo interrompe um ciclo de duas vitórias.

Ukra arrumou com o Olhanense

O jogo teve um sentido único: a baliza de Belec. A superioridade forasteira foi um traço comum às duas partes do encontro e o extremo Ukra, que já alinhou pelos de Olhão, marcou o golo que decidiu a partida e afundou ainda mais o Olhanense, posicionado no penúltimo lugar da classificação com apenas 9 pontos. Ukra marca assim em dois jogos seguidos, depois de ter assinado o único golo do Rio Ave diante o Benfica, na jornada anterior. O Rio Ave, que tem demonstrado o bom hábito de vencer fora de casa, é já a melhor defesa do campeonato em duelos disputados fora de portas. O Olhanense, que viu-se privado de Seric, expulso ao minuto 72, sucumbiu sete minutos depois, somando mais uma derrota ao «cadastro»: sete derrotas, duas vitórias e uma certeza: Paulo Alves terá pela frente um caminho sinuoso à frente deste débil Olhanense.