O Estoril deslocou-se a Coimbra para arrancar um difícil triunfo, algo que não acontecia há quatro jogos para o campeonato. A equipa de Coimbra até foi a que entrou melhor no encontro, dominando a posse de bola e criando situações de algum perigo para a baliza canarinha. A mais flagrante aconteceu ao minuto treze quando Babanco erra o passe e isola Rafael Lopes que não conseguiu ultrapassar o capitão Vagner. Seguiu-se mais perigo para o guardião brasileiro quando na sequência de um canto batido à maneira curta, Halliche apareceu sozinho e em excelente posição, não conseguiu acertar com a baliza.

Contra a corrente do jogo aparece o único tento da partida, jogada de insistência do ataque estorilista com João P. Galvão a assistir na perfeição Balboa para este cabecear, junto à pequena área, sem hipótese para Ricardo.

Com o começo da segunda parte e após as alterações produzidas ao intervalo por Sérgio Conceição (entraram Salvador Agra e Magique) pensava-se que a Académica ia para cima do Estoril à procura do empate que, de facto, aconteceu, mas Hugo Pacheco invalida de forma incorreta o golo a Rafael Lopes.

A verdade é que a segunda parte foi inteiramente gerida pela equipa excelentemente orientada por Marco Silva. A qualidade de posse de bola dos canarinhos é assinalável, conseguindo fazer disso a sua maior arma (principalmente a posse de bola defensiva). O trio de meio-campo formado por Gonçalo Santos, Diogo Amado e Evandro chegou e sobrou para as ecomendas do meio-campo academista e foi o motor da troca de bola estorilista, com a Académica ficando alguns minutos a "ver jogar". A vitória do Estoril crucifica a falta de eficácia dos estudantes.

Arbitragem muito contestada

No fim do jogo o tema de conversa era a actuação do árbitro Hugo Pacheco, com os responsáveis da Académica a lançarem duras críticas face ao desempenho do juíz. Jorge Rosário, adjunto de Sérgio Conceição, foi uma das vozes ouvidas: "O Estoril marcou e a Académica também. Foi mais um golo limpo que foi anulado." para mais tarde rematar da seguinte forma: "Há coisas no futebol em Portugal(..) já cá ando há 40 anos, por isso sei do que estou a falar." As críticas não se ficaram pelo adjunto, também o presidente José Eduardo Simões demonstrou a sua revolta: "A Académica é(...)a equipa mais prejudicada em todo o campeonato com as arbitragens." deixando a ideia de que a equipa de Coimbra não entra na luta pelos lugares europeus porque não a deixam.