Como já havia sido referido no início da época, a Mercedes considerou mesmo abandonar a modalidade, caso em 2014 se mantivesse a aposta nos motores V8 2,4 litros de normal aspiração, que equiparam os monolugares entre 2006 e 2013.

Quem o confirma é Dieter Zetsche, CEO da DaimlerAG, grupo a que pertence a Mercedes-Benz. «Não havia na direcção uma pessoa que fosse contra as corridas e outros a favor, mas tínhamos de discutir todos os aspectos e tomar a melhor decisão para os interesses dos nossos accionistas.»

O debate no seio da Mercedes respeitava sobretudo às características dos motores, já que os anteriores V8 de 2,4 litros, maiores e mais poderosos, de altos consumos, se tornavam demasiado caros e de tecnologia pouco relevante para a inclusão nos carros de estrada das marcas, já que a F1 serve de antecâmara ao desenvolvimento de muita da tecnologia que marcas como a Mercedes e a Ferrari vendem ao público.

Zetsche é claro a esse respeito: «Com o objectivo de poupar combustível, ser eficiente e ter alta performance, isso é exactamente o que temos de fazer com os nossos carros de produção, em que usamos exactamente os mesmos componentes. É por isso que estes regulamentos [da F1] fazem mais sentido do que os do passado.» A Mercedes estará garantida na F1 até 2020, e Zetsche deseja que um desporto mais ecológico continue entre os objectivos da modalidade.