O tema não é novo e as opiniões são as mais diversas. Os novos regulamentos não geram unanimidade entre as pessoas ligadas ao grande circo. O antigo director técnico da Williams e co-fundador da equipa mostrou-se contra o elevado custo dos motores deste ano. Segundo Patrick Head, a F1 escolheu mal o seu caminho nesta mudança de regulamentos, essencialmente na parte da unidade motriz.

Peças brilhantes mas demasiado caras

Head considera que, embora brilhantes peças de engenharia, as unidades motrizes são demasiado caras para uma modalidade que quer baixar os custos. Referiu também que é contra esta versão da F1, mais virada para a parte técnica,deixando de lado o espectáculo e os pilotos. Considerou tambem que as marcas que fazem híbridos para os modelos de estrada estão a fazer um bom trabalho e não precisam da ajuda da F1 para a sua evolução.

«Poderiam ser produzidos motores com 800Cv por 2Milhões/ano por equipa . Neste momento penso que o custo é 10 vezes superior.  Na minha opinião, os motores são peças fascinantes mas demasido caras para o que é suposto fazerem.»

Briatore com a mesma opinião

Flavio Briatore, antigo director da Benetton e da Renault, partilha a mesma opinião, e não se limitando a criticar os motores, já veio dizer, num passado recente, que os engenheiros estavam a ter demasiada influência no desporto. «Faz algum sentido ter 70 tipos de asas diferentes por ano, só para que os engenheiros possam ter um orgasmo?», atirou o italiano.

Feliz com o desenvolvimento da Williams

Patrick Head ainda comentou a actualidade da Williams, mostrando-se feliz pelo desenvolvimento da equipa, dando realce ao trabalho de Pat Symonds e dos pilotos: «É bom ver algumas pessoas na Williams com sorriso nos lábios, embora todos saibam que é preciso ainda melhorar muito.»

A equipa ocupa neste momento o 6º posto do campeonato de construtores, com 52 pontos, com Bottas em 7º (34 pontos) e Massa em 11º, com 18 pontos. Muitos esperariam mais da Williams neste momento, mas não pode ser esquecido que a equipa está a ressurgir depois de uma péssima época de 2013, em que apenas conseguiu o 9º lugar, com meros 5 pontos. A equipa parece agora dar os passos necessários para voltar ao lugares de topo da Fórmula 1.