Depois das incidências dos Oitavos-de-Final, que ditaram a qualificação dramática da Holanda e da Costa Rica, temos em cartaz o confronto entre a laranja mecânica e os surpreendentes ticos, que irão disputar a vaga nas 4 melhores selecções do Mundial 2014. A Holanda, vice-campeã do mundo continua a caminhada rumo ao título, mas não poderá contar com o lesionado de Jong, que é uma baixa importante para o miolo laranja. A sensação do Mundial, Costa Rica, tem como principais ausências os defesas Óscar Duarte e Roy Miller, que serão um duro golpe na estratégia do último reduto dos ticos.

Holanda apanhou a onda mexicana nos oitavos

Em pleno Estádio Castelão, holandeses e mexicanos encontraram-se nos Oitavos-de-Final, com a laranja mecânica a vencer, dramaticamente, por 2-1. O jogo foi globalmente dominado pelos mexicanos, que se adiantaram no marcador à passagem do minuto 48, por intermédio de Dos Santos. A selecção da América Central parecia ter a eliminatória no bolso mas, em 5 minutos, os comandados de Van Gaal deram a volta ao marcador, com Sneijder e Huntelaar, a serem os rostos da alma holandesa, carimbando o passaporte para os Quartos.

Costa Rica fez história e afastou Grécia

A sensação do Mundial 2014 demonstrou garra e querer nos Oitavos e triunfou diante da Grécia de Fernando Santos, no desempate por grandes penalidades. No período regulamentar, o jogo foi equilibrado no meio-campo mas foi a Costa Rica que se adiantou no marcador ao minuto 52, por uma das estrelas, Bryan Ruiz, levando à loucura os aficionados dos ticos. A festa parecia estar feita mas, à passagem do minuto 91, Papastathopoulos fez a Grécia delirar, com um empate in extremis, que levou a partida para prolongamento.

A decisão acabou por ser nas grandes penalidades, com o grego Gekas, a não aguentar a pressão e a falhar o pénalti decisivo que permitiu ao costa-riquenho Umaña, concretizar o golo que consumou a glória do povo costa-riquenho, que coloca os ticos entre as oito melhores selecções do Mundo.

Robben e van Persie para espremer os costa-riquenhos

A selecção orientada pelo técnico Van Gaal chega aos Quartos-de-Final como sendo uma equipa goleadora (11 tentos concretizados) e, bem ao estilo da “velha” laranja mecânica, deverão assumir as rédeas do jogo, logo nos primeiros minutos, fazendo valer a pressão alta no meio-campo, beneficiando depois de uma frente de ataque demolidora. Para este jogo frente à Costa Rica, o último reduto holandês deverá levar em conta que irá enfrentar uma das equipas mais demolidoras no contra-ataque, de todo o Mundial 2014 mas, no ataque tem a vantagem de encarar uma defesa costa-riquenha desfalcada, que poderá tremer diante de avançados tão mortíferos como são os holandeses.

Com de Jong de fora do meio-campo laranja, o papel de Sneider é ainda mais preponderante para equilibrar o miolo, bem como para transportar rapidamente a equipa para lances ofensivos. É neste meio-campo desfalcado que reside a maior dor de cabeça de Van Gaal, pela força e bom posicionamento que de Jong oferecia à equipa. A dispensar qualquer tipo de apresentações, Robben e van Persie já fizeram o gosto ao pé 3 vezes cada um e são as principais armas de ataque às redes de Keylor Navas.

O caso do extremo do Bayern é particularmente decisivo, pela pujança, pela técnica e pela rapidez que o jogador tem demonstrado ao longo deste Mundial, provando que, depois, dos 30, ainda é possível deliciar os grandes palcos do futebol mundial sendo, portanto, o principal trunfo para os holandeses chegarem às meias-finais.

Campbell e Ruiz: em busca da glória

O seleccionador Jorge Luís Pinto tem sido aclamado como um dos melhores treinadores de toda a competição, pela orientação técnico-táctica que tem imprimido perante um conjunto de jogadores sem grandes vedetas. O sistema táctico tem sido o maior segredo desta formação costa-riquenha, com o treinador a formar um último reduto reforçado com 5 defesas e com uma linha média organizada, que permite aos desequilibradores da frente imprimirem todo o seu futebol.

Para este embate frente aos holandeses, o treinador deverá pedir aos jogadores uma postura cautelosa, a espreitar possíveis lances de contra-ataque. As baixas forçadas de Óscar Duarte e Roy Miller poderão ser complicadas de atenuar mas, na frente de ataque, Campbell e Brian Ruiz (melhor marcador da equipa com 2 golos) poderão aproveitar as debilidades defensivas da laranja mecânica e brindar os adeptos presentes no Arena Fonte Nova, com a sua irreverência, criatividade e instinto goleador.

Onzes prováveis