Eficácia máxima numa equipa alternativa. Bruno de Carvalho prometeu e cumpriu, o Sporting chegou à Taça da Liga de cara lavada. Do onze titular habitual não constava nenhum dos jogadores nas contas de Marco Silva.

Já o Vitória de Guimarães pecou pela falta de eficácia. 17 cantos ao longo dos mais de 90 minutos, a favor da equipa da casa, não bastaram para bater a parede defensiva da equipa de Alvalade. 

Um ataque, um golo 

Rui Vitória conhece bem a equipa de Marco Silva. A vitória para o Campeonato Nacional na jornada 9 provou isso mesmo. O Vitória de Guimarães arriscou na velocidade de Hernâni e na vontade de Ricardo Gomes na frente de ataque. Estava tudo pronto. 

Marco Silva, fez a vontade ao Presidente leonino e levou os «bês», dando ainda oportunidade a Tanaka e Heldon, que muitas das vezes acabam nas bancadas a ver os colegas de equipa, para mostrarem o que valem. Também Podence e Gauld acabariam por fazer companhia aos colegas na frente de ataque, seria então um Sporting a jogar à defesa frente a um Vitória que tantas feridas acabou por abrir na última partida no D. Afonso Henriques. 

O jogo arrancou e a equipa de Rui Vitória cedo mostrou as garras. Logo aos dois minutos, Hernâni obrigou Marcelo a mostrar que estava presente e aos 4 minutos, o mesmo Hernâni criou o primeiro grande lance de perigo do jogo. Na sequência, o Sporting conseguiu fazer o golo. Uma jogada iniciada em Gauld acabou em Esgaio que fez o passe certo para o sítio certo. Estava lá Heldon, que sem medos, nem receios bateu Douglas para o primeiro tento dos leões. 

O brasileiro que já tinha dito que queria rumar a outras paragens, mostrou serviço a Marco Silva e provou que merece a titularidade, tal como os colegas de equipa. Até ao intervalo pouco há que acrescentar. André André, Hernâni e Gui foram tentando chegar à grande área adversária, mas ora lá estava Geraldes, ora Marcelo Boeck marcava presença no jogo. Um Guimarães superior, um Sporting recuado e um golo no marcador, pedia-se mais no segundo tempo, pedia-se bom futebol. Se por um lado se esperava um Vitória ainda mais concentrado na metade verde e branca da partida, por outro esperava-se um Sporting mais atento e mais preparado. 

A reserva por que vale a pena esperar 

Para a segunda parte da partida, Rui Vitória reservou o melhor que tinha: ao intervalo fez entrar Alex para o lugar de Mensah, mas nem assim o resultado se alterou.  O Vitória foi somando oportunidade, atrás de oportunidade. Ora por André, André, ora por Tomané. De nada surtiu. O resultado parecia feito. Os vimaranenses iam-se queixando da sua triste sorte, já o Sporting, ia tentando respirar no meio de tanto contra-ataque. 

Ao bater dos 90 Marco Silva ainda fez entrar Dramé para o lugar de Heldon e já em tempo de descontos o golo apareceu. Dramé aproveitou um mau alívio da defesa da casa e, sem mais, nem menos, fez o remate colocado que deixou Douglas pregado ao relvado. Um golo brilhante por parte do avançado verde e branco, que depois de ter ocupado o lugar do primeiro golo da partida, ainda teve tempo para fazer o 0-2. 

Com este resultado, o Sporting fica assim mais perto de chegar às meias finais da Taça da Liga. Depois do empate entre Boavista e Belenenses, os leões são a primeira equipa do Grupo C a garantir 3 pontos na prova.