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Ineficácia portista só arrecada empate em Basileia

Nesta jornada dos oitavos de final da Liga dos Campeões o FC Porto mediu forças com o Basileia orientado por Paulo Sousa. Num jogo muitas vezes disputado mais na raça do com cabeça, o Basileia iniciou o jogo praticamente em vantagem graças a um golo de Derlis Gonzalez sendo que o FC Porto empatou na segunda parte por Danilo.

Ineficácia portista só arrecada empate em Basileia
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Por Tiago Labreca

Não se esperava um jogo e um ambiente fácil para o FC Porto em St. Jakob-Park. O Basileia orientado pelo português Paulo Sousa aparecia galvanizado depois de uma brilhante fase de grupos onde ficou atrás do Real Madrid mas à frente de um mítico europeu, o Liverpool. De frisar ainda que na Suiça, o Basileia apenas perdeu por 1-0 com o colosso Real Madrid ou seja jogar em casa contra esta equipa helvética não seria tarefa fácil.

Lopetegui não poupou a equipa e quis entrar na máxima força com Tello, Brahimi e Jackson na frente de ataque e com Marcano novamente titular em detrimento do holandês Martins Indi. A verdade é que também não estariam sozinhos na Suiça porque milhares de portistas acompanharam a equipa neste jogo.

Começar com o pé esquerdo

Quando as equipas ainda estavam a tentar encaixar-se uma na outra, apareceu um flecha paraguaia que atravessou a defesa portista e que enganou Fabiano para inaugurar o marcador. Falamos de Derlis Gonzalez, um ex jogador do Benfica que dá cartas nesta edição da Liga dos Campeões. Era coomo um balde de água fria nas inspirações do FC Porto que viam a sua missão mais complicada apesar de serem considerados os favoritos nesta eliminatória.

Os dragões tinham de "arregaçar as mangas" e ir atrás do resultado que permitisse uma maior margem de manobra na 2ª mão no Dragão. O que é certo é que o Basileia não teve medo de jogar feio e bombear bolas para o ataque onde Streller estava muito sozinho, principalmente depois de lesão de Derlis que o obrigou a sair. O FC Porto demonstrava dificuldades em comandar as hostes do jogo devido à alta pressão que os médios do Basileia faziam logo à saída para o ataque .

Quando finalmente o conseguiram, nunca mais largaram a soberania no jogo. Com rápidas transições iniciadas quase sempre pelo criativo espanhol Oliver que na maioria das vezes procurava Brahimi ou Tello, os dragões iam-se aproximando da àrea dos suiços que deixaram de ter grandes iniciativas ofensivas.

Incerteza nos árbitros

A notória superioridade portista começou-se a notar principalmente nas diagonais que Brahimi e Tello começaram a tentar fazer pelo meio de modo a ganharem espaço para alvejar a baliza do inspirado Vaclik. Começou Tello por o fazer e pouco depois Jackson. E por falar no colombiano, entrou em confronto directo com o mais que experiente central argentino Samuel que para garantir que o Cha Cha Cha não fazia das jogadas à ponta de lança resolveu agarrar todas as oportunidades que tinha ou seja puxar ostensivamente o avançado do FC Porto. O árbitro deixou passar a jogada.

No ínicio da segunda parte era expectável um parte mais aguerrido, com mais vontade de mandar e assim aconteceu. Casemiro subiu mais no terreno o que deixou Herrera mais próximo de Oliver nas triangulações atacantes dos dragões. Danilo e Alex Sandro com este avanço do meio campo começaram a ter mais espaço para missões ofensivas visto que nem Gachi nem Frei conseguiam sair em ataque organizado perante o bom posicionamento do FC Porto.

Tal veio a ser provado com novas oportunidades de golo para o Porto e para um golo marcado que empatou a partida... por breves minutos. Num canto, Maicon apareceu solto na área e cabeceou para uma boa intervenção do guarda redes que deixou a bola à mercê de algum jogador que aparecesse. Casemiro, oportunista, esticou-se e atirou para o fundo das redes com a bola a passar muito perto de Marcano que estava claramente em fora de jogo. E foi este o problema para o árbitro ter anulado o golo, Marcano apesar de não ter tocado na bola, teve influência na "não-defesa" do guarda redes. Pecou pelo atraso na decisão o árbitro.

Desinspiração ofensiva só leva ao empate

Era altura do FC Porto começar a carregar a defesa helvética que continuava a demonstrar clara insuficiência para tanta circulação de bola dos dragões. Basta recorrer às estatísticas para provar que o Basileia ofensivamente só exisitiu com vigor nos primeiros 15 minutos: só um remate em 90 minutos. Assim, cabia ao recém entrado Quaresma abanar com o jogo que parava sempre no mesmo sítio, na indefinção do remate no último terço do campo. Desde Tello, a Herrerra até a um desinspirado Jackson, todos tiveram oportunidades de materializar aquilo que era o domínio portista em golos.

Foi necessário que numa excelente jogada de entendimento entre Quaresma e Danilo que têm mais entrosamento que Tello ou Brahimi, o FC Porto benefciasse de um penalti claríssimo. Com um cruzamento já perto da linha final de Danilo, Samuel fez-se ao lance e trava à bola com o braço. Na cobrança do castigo máximo Danilo não sentiu a pressão e bateu exemplarmente para o fundo das redes.

Tornava-se um resultado positivo para o FC Porto que recebe agora o Basileia com vantagem na eliminatória mas que ainda não pode festejar porque com Derlis recuperado o Basileia pode efectivamente assustar a defesa portista no Dragão e ter só esta vantagem mínima é notoriamente pouco para aquilo que o FC Porto produizu ao longo de toda a partida principalmente na segunda parte onde não deixou qualquer tipo atrevimento ofensivo dos suiços.