Após a derrota com o Rio Ave, na jornada passada, o Benfica respondeu com uma vitória caseira na Luz, reduto onde não perde, para a Liga, desde o dia 2 de Março de 2012. Com a responsabilidade de ganhar três pontos e manter o rival perseguidor FC Porto à distância de, pelo menos, três pontos, os encarnados entraram nesta jornada 27 com classe, acutilância e eloquência - o quarteto ofensivo composto por Salvio, Gaitán, Lima e Jonas fez a vida negra aos alvinegros.

Benfica avassalou o Nacional na primeira parte

Aos 20 minutos e depois de dois avisos vermelhos, o Nacional sofreu o primeiro golo: Salvio perfurou a área e cruzou a bola, rasteira, para os pés do desmarcado Jonas. O experiente brasileiro rematou de primeira, abrindo as hostilidades na Luz, onde 48 mil espectadores marcaram ontem presença, numa tarde de sol e expectatitvas elevadas. O bom jogo encarnado empolgava as bancadas e dez minutos depois, aos 31, foi o outro avançado a comemorar - Gaitán cruzou com régua e esquadro, Lima cabeceou à boca da baliza.

Instalado confortavelmente no jogo, dominando o meio-campo, explorando os corredores laterais com precisão e beneficiando da displicência táctica do Nacional da Madeira, o Benfica foi controlando todos os aspectos da partida, avassalando os alvinegros de Manuel Machado, que raramente era capazes de se mostrar a Júlio César. Manietado pela classe técnica do maestro Gaitán e refém da eficácia «canarinha» de Lima e Jonas, o Nacional estava longe da pertinência demonstrada ante o FC Porto, na jornada passada.

Dupla Lisandro/Jardel sem grande trabalho

Na defesa encarnada, tudo tranquilo, não se notando a ausência do capitão Luisão. Lisandro fez parceira com Jardel mas o trabalho não abundou, já que os minutos passavam ao ritmo do ímpeto ofensivo do Benfica - Jonas poderia ter marcado o terceiro golo após cruzamento perfeito vindo da faixa direita, mas a bola foi directamente para as mãos do guarda-redes Gottardi. O intervalo chegou, e, apesar do jogo estar na sua metade, a história da partida já era conhecida.

Bis de Jonas foi requintada machadada nos alvinegros

Na segunda parte a Luz voltou a ver o Benfica comandar as operações. Jonas, vedeta do jogo, provou todas as suas qualidade técnicas ao desferir um espectacular e gracioso remate em arco, sentando Gottardi e levantando o Estádio da Luz. Aos 59 minutos a Catedral comemorava o 3-0, e o jogo conhecia a machadada final na cabeça de um Nacional impotente. O terceiro golo, bis de Jonas, abrandou o ritmo do Benfica, permitindo, só então, maiores atrevimentos forasteiros.

O Nacional da Madeira, já derrotado, encontrava espaços para subir no terreno à medida que o Benfica recuava e relaxa - aos 74 minutos, um belíssimo ar da graça alvinegra, estoiro potente do médio Tiago Rodrigues (à semelhança do tiro ao poste desferido contra o Sporting, na Taça de Portugal) à entrada da área, não dando quaisquer hipóteses de defesa a Júlio César. O golo colocou fim à senda de 9 jogos caseiros sem sofrer golos na Liga.

Benfica na Luz é imbatível

Com esta vitória, que enterra a má memória da derrota em Vila do Conde, o Benfica coloca pressão adicional no rival Porto, que amanhã terá de passar, sem se chamuscar, a prova de fogo de Vila do Conde. O Benfica continua a mostrar tremenda saúde caseira: prolongou ontem a senda de vitórias na Luz, para a Liga, colocando a fasquia nos 11 triunfos consecutivos. Na Liga NOS, apenas perdeu pontos no empate 1-1 contra o Sporting, na terceira jornada.