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Final da Supertaça: Leões de Jesus subjugam Águias de Rui Vitória

O Sporting Clube de Portugal conquistou a oitava Supertaça da sua história, batendo o Sport Lisboa e Benfica por 1 bola a 0. O tento atribui-se ao melhor jogador da partida, André Carrillo.

Final da Supertaça: Leões de Jesus subjugam Águias de Rui Vitória
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Por Francisco Dias

Em pleno Estádio do Algarve, Sporting e Benfica enfrentaram-se numa batalha épica, disputando o primeiro troféu da temporada de forma intensa e aguerrida. A sorte do jogo sorriu aos leões com um golo solitário de Carrillo ao minuto 53, acabando mesmo por ser considerado «man of the match». O reencontro de Jesus com o Benfica foi infernal, com confrontos no final da partida, mas o que fica para a história é a oitava Supertaça do Sporting

Entrada de leão que a águia soube equilibrar 

À partida para este encontro Rui Vitória incluiu no seu 11 o jovem Nélson Semedo, o central Lisandro (para render o lesionado Luisão) e Ola John a extremo, sem incluir qualquer reforço no 11 inicial. Já Jorge Jesus incluiu quatro reforços, dos quais Naldo, João Pereira, Bryan Ruiz e Gutiérrez. O ambiente estava frenético e o calor de Agosto que se fazia sentir no sul do país era condizente com a intensidade e qualidade que as duas equipas iriam impôr nas quatro linhas. 

O pontapé de saída da partida foi dado pelos leões de Jorge Jesus, e foram mesmo os sportinguistas a terem um início felino, dominando por completo os primeiros 10 minutos do encontro. Neste período, relevo para o minuto 2, onde Carrillo demonstrou iniciativa pela direita, mas com Júlio César a sair bem ao cruzamento. Jogava-se já o minuto 9 quando um lance marcado por um envolvimento coletivo extraordinário do Sporting, a culminar em Bryan Ruiz, quase inaugurou o marcador, valendo mais uma vez o imperador das redes encarnadas a manter o nulo.

A partir do minuto 10, e até ao minuto 45, o jogo ficou repartido, com o meio-campo benfiquista a equilibrar o domínio leonino. As batalhas travadas entre Fejsa, Adrien, Samaris e João Mário foram fantásticas, promovendo o jogo rápido de Nélson Semedo e Ola John, no lado do Benfica, e Jefferson e Bryan Ruiz, para o lado do Sporting. À passagem do minuto13 as águias voaram pela primeira vez à área contrária, com relevo para a surpresa Nélson Semedo que surgiu solto no flanco direito para cruzar, onde emergiu Jonas que, de forma oportuna, cabeceou por cima. 

O ritmo de jogo continuava alucinante, ficando a sensação de que se tratavam de duas equipas já adiantadas na fase de preparação da temporada. Ao minuto 24 surgiu um lance polémico na partida, com Teo Gutiérrez a bater Júlio César de forma legal mas acabando o lance por ser invalidado incorretamente pelo fiscal de linha. Após este incidente as equipas baixaram um pouco o ritmo, deixando de circular a bola com tanta intensidade, destacando-se apenas uma subida rápida de Ola John pela ala direita que terminou com um remate enrolado que Rui Patrício defendeu sem dificuldade. Apesar do ligeiro domínio sportinguista o empate acaba por se aceitar em tempo de intervalo. 

Carrillo resolve (à tabela) e garante a Supertaça 

À imagem do primeiro tempo, os de Alvalade entraram com via verde, com destaque para João Mário, Carrillo e Slimani que encostaram o Benfica à sua defesa nos primeiros 15 minutos da primeira parte. No lado do Benfica Júlio César brilhava entre os postes com inúmeras defesas impossíveis que negaram os tentos de Slimani e Gutierrez. Ao minuto 53 o imperador das redes encarnadas nada pôde fazer perante o lance feliz mas oportuno de Carrillo, que beneficiou de um ressalto em Teo para furar a rede na primeira e única vez da partida. 

Em vantagem no marcador, o Sporting desceu o seu bloco e o Benfica ganhou maior velocidade e criatividade na frente, com relevo para a entrada de Pizzi que fez curiosamente com que Gaitán finalmente aparecesse no jogo. As combinações de ataque encarnadas sucediam-se mas os lances de golo insistiam em não surgir. O avançado Jonas bem tentou mas Rui Patrício mostrou-se bastante seguro na hora de agarrar o esférico. Para manchar novamente a atuação do árbitro, nota para o minuto 61 onde ficou uma grande penalidade por assinalar para o Benfica num lance em que Carrillo derrubou Gaitán. Até final curiosidade apenas para o minuto 85, quando entrou Rúben Semedo no Sporting minutos depois da entrada de Mitroglou, o que significou uma inversão no sistema tático, passando o Benfica a alinhar novamente em 4-4-2 e o Sporting em 4-3-3. 

Apesar do homem do jogo ter sido Carrillo, a equipa Vavel Portugal destaca do lado encarnado Nélson Semedo, pela sua juventude e irreverência aliado a um rigor defensivo e uma velocidade estonteante no ataque. No lado Sportinguista relevo também para o trabalho incansável de João Mário, que desempenhou a posição 8 no meio-campo, onde foi um autêntico pulmão a defender e a atacar. 

Os confrontos no final da partida entre Jorge Jesus e o «staff» do Benfica não mancham um dos renhidos derbies lisboetas das últimas décadas, que foi disputado, emotivo e jogado com grandes figuras do futebol mundial como Júlio César, Gaitán ou Jonas e Bryan Ruiz, Gutierrez e Slimani. O Sporting conquista assim a sua oitava Supertaça, sete anos depois do último triunfo nesta mesma competição.