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Porto x Benfica: quem ganhará o duelo táctico a meio-campo?

Na véspera do clássico Porto x Benfica, Vavel Portugal faz uma análise aos esquemas tácticos de ambas as equipas e traça hipotéticos cenários estratégicos de Lopetegui e Vitória para o assalto ao primeiro clássico da temporada.

Porto x Benfica: quem ganhará o duelo táctico a meio-campo?
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Por VAVEL

Quem levará a melhor no duelo táctico de hoje? Julen Lopetegui e o seu 4-3-3 ou Rui Vitória e o seu 4-4-2? As perguntas lançam a base para a nossa análise e antevisão sobre as estratégias possíveis de ambos os treinadores para o clássico deste Domingo, tais interrogações suscitam ainda mais dúvidas pertinentes: que figurino escolherá Lopetegui para dar corpo ao seu tridente de meio-campo? E Vitória, manterá o esqueleto do 4-4-2 ou abdicará de um avançado?

Porto x Benfica: quais as estratégias?

A crucial batalha jogada a meio-campo será premissa inegável para o sucesso - o domínio táctico do espaço, do controlo do esférico e a pressão ao portador da bola serão princípios fundamentais para atingir um equilíbrio colectivo capaz de suster o poderio adversário e manter a coesão estrutural, tanto nas manobras ofensivas como nas movimentações defensivas. Lopetegui manterá o 4-3-3 habitual, marca d'água do Porto, enquanto dúvidas restam sobre a opção de Rui Vitória quanto ao seu edifício táctico: 4-4-2 ofensivo (herança de Jesus) ou um avisado e prevenido 4-2-3-1 que poderá retrair-se num 4-5-1 de meio-campo povoado?

Se Vitória preferir entrar de peito feito, mantendo o 4-4-2 habitual, mostrará atrevimento (que nem o Benfica campeão demonstrou no Dragão em 2014/2015) mas poderá comprometer a integridade de um meio-campo que, constituído apenas por dois jogadores (Fejsa ou Pizzi deverão entrar para substituir Talisca), ficará à mercê do tridente do meio-campo do FC Porto. Ainda que Fejsa (médio defensivo puro e posicional) seja lançado, o Vitória poderá ser tentado a reforçar o miolo com o auxílio de um dos avançados desse 4-4-2. O goleador Jonas poderá ser o escolhido para essa tarefa.

Assim, o 4-4-2 poderá transformar-se numa táctica de 4-2-3-1, com um duplo pivot defensivo (Samaris e Fejsa) que possa tapar os caminhos da baliza de Júlio César (e preencher o espaço percorrido pelos imprevisíveis Brahimi e Corona) e Jonas no apoio ao meio-campo, funcionando como médio ofensivo/falso avançado, elo de ligação entre o meio-campo e o ataque, qual complemento directo a Gaitán, maestro real deste Benfica. Em caso de maior emergência, essa moldura táctica poderá dar lugar a um mais conservador 4-5-1, caso Vitória pretenda superioridade total no miolo (com o recuo dos extremos).

O FC Porto não fugirá ao seu ADN de 4-3-3, mas as dúvidas concentram-se sobre quais os intérpretes escolhidos por Julen Lopetegui para corporizar o tridente do meio-campo - Danilo Pereira parece ter lugar cativo no onze portista, funcionando enquanto pilar defensivo, trinco puro. A sua segurança deverá convencer o técnico a dar-lhe o papel de protector do quarto defensivo, ainda que exista uma remota possibilidade de Rúben Neves ser o escolhido para o papel. As probabilidades de Neves actuar crescem quando o colocamos num dos vértices mais avançados do triângulo, ainda que Herrera e Imbula seja opções mais regulares.

Lopetegui tem confiado em Herrera e Imbula para grande parte dos jogos - o mexicano procura estabilizar-se no onze enquanto médio organizador, mas tal tarefa não tem sido totalmente convicente, sendo André André o jogador que melhores características reúne para tal incumbência. O médio português ex-Vitória SC começou a temporada no banco mas o técnico basco viu-se forçado a apostar na sua entrada para resolver problemas de construção de jogo - nos últimos dois jogos, André André ganhou a titularidade e poderá ser ele o escolhido para liderar o pensamento ofensivo do Porto.

Com as entradas de Miguel Layún e Jesús Corona, o Porto ganhou mais imprevisibilidade na manobra ofensiva e mais recursos na hora de decidir o desenho das jogadas; Layún dá claramente maior profundidade o flanco esquerdo e Corona afigura-se como um «joker» que, juntamente com Brahimi, poderá fazer uso das diagonais para romper o sistema defensivo do Benfica. Na frente, Vincent Aboubakar será o avançado eleito por Lopetegui, enquanto Rui Vitória deverá deixar Mitroglou mais isolado na frente de ataque (com apoio de Jonas, nas costas) caso imponha o 4-2-3-1. Irá o Benfica entrar expectante e a jogar no erro do rival? E o Porto, entrará a matar, pressionando forte e subindo as suas linhas? Hoje, ás 19:15 horas, as respostas começaram a surgir.

Onzes prováveis do Porto x Benfica: