A história de um clube suporta-se nas suas lendas. As que marcam um passado feliz ou, em casos mais raros, as que continuam vivas, perpetuando o seu legado dentro do campo. Francesco Totti está no último pote. Aos 38 anos permanece como mestre do emblema que escolheu e que sempre o respeitou, numa relação que suporta também o respeito que cada adepto da AS Roma lhe deposita.

A marca do último encontro, a do golo nº300, só lhe permite acentuar tudo isto, como o sinal de lealdade que um atleta pode manter sobre o seu «patrão», em antítese da actualidade futebolística assente em relações curtas e munidas de interesses. Totti conheceu a Roma quando era um rapaz (iniciou-se nas camadas jovens em 1989, aos 13 anos), mas abandonará o emblema como um histórico. O histórico «giallorossi».

Quanto ao tento de celebração do «10», esse não foi digno da marca, servindo-se da oferenda do guarda-redes adversário, que apostamos ter sofrido menos com esta bola nas redes. Afinal, foi marcado por uma lenda. A lenda, Francesco Totti.