Após a Assembleia Geral dos azuis e brancos, um repórter de imagem foi agredido e outros profissionais da comunicação social foram insultados, alegadamente por adeptos do FC Porto. Em comunicado, o Sindicato de Jornalistas condenou tal clima de intimidação, esperando que se apurem os responsáveis. Ainda no mesmo comunicado, o Sindicato criticou a postura e discursos 'incendiários' por parte dos dirigentes desportivos, dando Pinto da Costa como exemplo: «O SJ (Sindicato dos Jornalistas) lamenta determinadas declarações de dirigentes desportivos, que acabam por prejudicar o relacionamento entre adeptos e a comunicação social. Foi o que aconteceu esta segunda-feira, durante a assembleia geral do FC Porto, quando o presidente do clube, Pinto da Costa, teceu duras críticas à imprensa, momentos antes dos episódios de insultos e agressões que se verificaram no exterior do estádio.»

Em resposta, e igualmente em comunicado, o FC Porto condenou todo o tipo de violência, defendendo a intervenção da polícia na investigação e apuramento dos culpados. No entanto, a direcção azul e branca deixa algumas críticas à atuação do Sindicato: «O FC Porto estranha que o Sindicato dos Jornalistas se substitua a qualquer investigação das autoridades e identifique os autores do incidente como adeptos do nosso clube. Com que factos se suporta o Sindicato dos Jornalistas para assegurar que se tratam de adeptos do FC Porto? Já não seria a primeira vez que incidentes nas imediações do nosso estádio foram protagonizadas por adeptos de outros clubes.» 

Outra crítica endereçada ao comunicado do SJ tem direta relação com as menções aos discursos menos positivos de Pinto da Costa e seus dirigentes, acusados de não facilitarem o trabalho da imprensa face aos clubes e seus adeptos. A resposta foi a seguinte «Pior é o Sindicato dos Jornalistas cometer o erro primário de relatar factos que não viu, não confirmou e, ainda pior, sem ouvir uma das partes visadas – são regras elementares do jornalismo. Não é verdade que o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, ou qualquer outro dirigente, tenha tecido “duras críticas à imprensa”, como refere o comunicado do Sindicato dos Jornalistas. Mas mesmo que o tivesse feito, o que nunca aconteceu, o direito à crítica, mais ou menos dura, é uma base da democracia e era só o que mais nos faltava do que um sindicato dos jornalistas a defender um qualquer género de censura.»