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Benfica vence a sexta Supertaça do historial e a terceira do milénio

Depois de Baroti, Mortimore, Eriksson, Koeman e Jesus, foi Rui Vitória a conduzir o Benfica à conquista da Supertaça Cândido de Oliveira. O Benfica bateu ontem o SC Braga por 3-0 e festejou o sexto troféu do seu historial e o terceiro ganho no novo milénio.

Benfica vence a sexta Supertaça do historial e a terceira do milénio
Foto: SL Benfica/ SL Benfica Facebook
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Por VAVEL

Ontem, em Aveiro, o Benfica voltou a celebrar a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, algo que não é um acontecimento recorrente no historial encarnado: em dezoito finais disputadas, a Águia logrou agora vencer o seu sexto troféu, claramente dominado pelo FC Porto. Frente ao SC Braga, a turma encarnada beneficiou de uma pujante entrada em campo, tendo depois sustido as investidas bracarenses, que se intensificaram com o passar dos minutos. Assim, Rui Vitória repete os feitos de Lajos Baroti, John Mortimore, Sven-Goran ErikssonRonald Koeman e de Jorge Jesus.

Com os golos de Franco Cervi (estreante que deixou água na boca com o golo inaugural), Jonas (o suspeito do costume) e Pizzi (chapéu clamoroso a fechar o pano), o Benfica conquistou a terceira Supertaça Cândido de Oliveira deste novo milénio, sucedendo aos triunfos de 2005 e de 2014. É, também, a segunda vez que o troféu foi conquistado por um treinador português: depois da estreia de Jorge Jesus, em 2014, Rui Vitória tornou-se o segundo técnico luso das Águias a erguer a taça, que, como nos narra a História, costuma fugir à turma da Luz.

Baroti foi o primeiro a guiar a Luz rumo à Supertaça

A primeira conquista da Supertaça Cândido de Oliveira chegou em 1980, pela batuta técnica do húngaro Lajos Baroti. Na segunda edição do troféu, o Benfica disputou a final (jogada a duas mãos) contra o rival Sporting, acabando por celebrar o triunfo após um resultado agregado de 4-3. Na primeira mão, nenhuma das equipas granjeou superioridade, prevalencendo um empate 2-2 (bis de Jordão contra tentos encarnados de Carlos Manuel e César). Na segunda, as Águias bateram os Leões por 2-1, com o tento de Jordão a ser insuficiente para contrariar os golos de Nené e Vital.

Mortimore e Diamantino levaram Benfica à glória em 1985

Cinco anos depois, o Benfica viria a festejar a obtenção da Supertaça, agora com o inglês John Mortimore aos comandos da formação da Luz. Com um tento solitário do extremo Diamantino Miranda, o Benfica acabaria por levar a melhor a outro dos seus rivais eterno, o FC Porto. Numa final novamente disputada a duas mãos, o golo do jogador português, no primeiro encontro -disputado no Estádio da Luz - revelar-se-ia decisivo, já que, no segundo jogo, o empate a zero bolas prevaleceria no Estádio das Antas. O quarto treinador inglês da História do Benfica conquistava assim o troféu.

Benfica fechou década de 80 com triunfo pela mão de Eriksson

As Águias fechariam a década de 80 com mais outra vitória na Supertaça Cândido de Oliveira: em 1989, o Benfica voltava a erguer o troféu, novamente contra um rival de gabarito, o Belenenses, que, ainda assim, não foi capaz de manter a final equilibrada. A formação encarnada venceria as duas mãos por 2-0, festejando a terceira conquista após um agregado de 4-0. O timoneiro da equipa era então o sueco Sven-Goran Eriksson, treinador que vivia a segunda passagem profissional pelas bandas da Luz. Vata e Lima marcaram na primeira mão, Magnusson e Macaé (auto-golo) completaram o resultado final no Restelo.

Jejum de 16 anos quebrado pelo recém-chegado Ronald Koeman

Seguiu-se, depois de 1989, um jejum duradouro que viria apenas a terminar 16 anos depois do sucesso de Sven-Goran Eriksson e seus pupilos. Após uma década de 90 à fome, o Benfica arrebataria novamente a Supertaça Cândido de Oliveira pela mão de outro treinador estrangeiro: o antigo craque Ronald Koeman. Recém-chegado ao clube, o holandês conduziu o Benfica a uma vitória de 1-0 sobre o Vitória de Setúbal, graças a um golo de Nuno Gomes, na primeira Supertaça disputada a um jogo apenas que o Benfica logrou ganhar. A primeira do milénio, a última conquistada por um técnico forasteiro.

Jesus e Vitória: a chegada dos triunfos portugueses 

Jorge Jesus seria, então, o primeiro treinador português a erguer o troféu pelo clube das Águias. Depois de outra travessia do deserto (ainda que menor que a anterior), o Benfica voltaria a festejar em 2014, ao bater o Rio Ave nas grandes penalidades (3-2) depois de um persistente nulo. O central Luisão foi o único jogador do clube saborear de novo o título, já que o conquistara em 2005, poucos meses depois de se ter sagrado campeão nacional pela primeira vez no clube das Águias. Agora, com novo técnico ao leme, o Benfica voltou a celebrar a Supertaça, depois do desaire de 2015/2016 diante do Sporting.

Na segunda tentativa, Rui Vitória trouxe o título para a Luz: na temporada de estreia, o técnico, que teve a pesada responsabilidade de colmatar a saída do marcante Jorge Jesus para Alvalade, inaugurou o seu percurso no Benfica com uma derrota perante o rival da Segunda Circular, cortesia de um golo atribuído a Teo Gutiérrez (remate de Carrillo). Mas a dinâmica de vitória dos Leões viria a soçobrar no último terço da temporada, tendo o Benfica de Vitória terminando 2015/2016 por cima do rival lisboeta. A Supertaça de 2016 é, também, fruto dessa reviravolta operada por Vitória e seus pupilos.