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Coates e Mathieu: uma dupla de aço

Numa linha defensiva em que apenas Coates se mantém relativamente à época passada, Jorge Jesus parece ter encontrado a dupla de centrais desejada.

Coates e Mathieu: uma dupla de aço
pedrocorreia
Por Pedro Correia

Na terceira temporada ao comando dos «leões», Jorge Jesus voltou a sentir necessidade de reforçar o setor defensivo da equipa e, desta vez, parece mesmo ter conseguido a dupla de centrais que certamente idealizava: Coates e Mathieu.

De facto, ainda que com a época numa fase bastante inicial, um dos fatores responsáveis pelos bons resultados alcançados o Sporting tem sido a estabilidade defensiva oferecida (maioritariamente) pela linha Piccini-Coates-Mathieu-Coentrão. Mas afinal, o que faz antever uma dupla sólida e crucial na luta pelo título?

Experiência aliada a competência

A confiança que o técnico português deposita em ambos os jogadores é facilmente deduzida pelos minutos que têm acumulado em campo. Analisando as estatísticas, até ao jogo referente à Taça da Liga desta terça-feira, Coates tinha cumprido todos os 9 jogos (num total de 810'), enquanto que Mathieu apenas havia sido substituído já no final do encontro em Guimarães a contar para a liga (aos 84'), somando 804 minutos de leão ao peito em jogos oficiais. Para além disso, o próprio treinador já veio elogiar publicamente o desempenho do uruguaio e do francês, classificando-os como espetaculares «quanto ao conhecimento do jogo e do ponto individual». Ora, esse será precisamente um dos fatores explicativos do sucesso demonstrado pela dupla até ao momento.

Coates e Mathieu, de 26 e 33 anos respetivamente (e note-se que ambos celebram o próximo aniversário já em Outubro), formam um eixo defensivo possante (com 1,96m e 1,89m de altura) e com uma experiência que há muito faltava ao Sporting, aliando à leitura de jogo e ao conhecimento tático, uma performance que se tem revelado exemplar - com apenas 6 golos sofridos, esta dupla apresenta uma notável média de um golo sofrido a cada 135 minutos de jogo (enquanto que o FC Porto - que também tem estado particularmente bem em termos defensivos - e o Benfica necessitam, em média, de 157,5 e 90 minutos para que as suas redes sejam balanceadas pelo adversário.)

Saídas com a bola e cavalgadas pelo campo

Outros aspetos que poderão ser valorizados por Jorge Jesus nesta escolha para a defesa leonina são a forma como os centrais constroem o jogo e a sua envolvência no ataque verde e branco. 

Cada vez mais com as rotinas assimiladas, Coates e Mathieu apresentam também características semelhantes do ponto de vista individual: ambos são capazes de desempenhar um papel fundamental na construção de jogo desde o primeiro terço do terreno, iniciando as jogadas e "empurrando" a equipa para os lugares mais cimeiros do terreno e, para além disso, tanto o uruguaio como o francês gostam de protagonizar, de vez em quando, subidas bastante interessantes no campo, apoiando o ataque em autênticas cavalgadas, em qualquer altura do jogo e que se podem revelar bastante perigosas.

No final de contas, estas serão apenas as principais características que têm contribuído para o sucesso de uma dupla surpreendente e que, ao que tudo indica, continuará a evoluir e a dar que falar, sendo alvo de análises certamente ainda mais detalhadas num futuro próximo.

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