A partida mais esperada do ano com certeza é entre Flamengo e Liverpool, que podem se enfrentar numa possível final do Mundial de Clubes, mas o encontro entre o ex e atual time de Jorge Jesus também é promessa de jogão. Cariocas e Al-Hilal se enfrentam pela semifinal 1 nesta terça-feira (17), às 14h30 (de Brasília), no estádio Khalifa International Stadium, em Doha, no Catar.

Se por um lado, a torcida do Flamengo espera enfrentar o Liverpool na final e reeditar a final de 1981, o pensamento do Al-Hilal é totalmente diferente. O time saudita pretende brecar o sonho rubro-negro e conquistar com soberania o posto de melhor time da Ásia.

Flamengo, o campeão da Libertadores

Desde a derrota sofrida para o Santos, na Vila Belmiro, em jogo válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Jorge Jesus vem apostando em treinos fechados. Mas o treinador português afirmou que não vai mudar a maneira de jogar, e promete o Flamengo "com cara de Flamengo" para o jogo contra o Al-Hilal.

"Não vamos mudar a maneira de jogar pelo fato de estar numa semifinal ou final. Seria dar um passo atrás. Queremos cada vez mais valorizar o nosso jogo e esperamos que possa entrar. Às vezes não entra por mérito defensivo do adversário. O jogo é estratégia. As estratégias de jogo são esperadas, mas a ideia não. A forma de atacar e defender será igual. É fundamental saber correr dentro de campo. É uma das coisas que buscamos na nossa equipe", disse Jesus.

Apesar de Jorge Jesus ter sido imponente quando questionado sobre se o estilo de jogo do Flamengo iria mudar, Rafinha, que também participou da coletiva de segunda-feira (16), pregou cautela quando foi perguntado sobre o que espera para o jogo diante da equipe árabe. O lateral também lembrou que times brasileiros já foram eliminados na semifinal do Mundial (Atlético-MG em 2010 e Internacional), por terem cometido "erros" que no final custaram muito caro.

A provável escalação do Flamengo não tem nenhuma novidade em relação ao considerado "time ideal": Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol.

Al-Hilal, o campeão asiático

Atual campeão da Champions League da Ásia, o Al-Hilal chegou até a semifinal após vitória magra pelo placar mínimo em cima do Espérance de Tunis. A primeira impressão dada foi de um time que pouco produz apesar de maior posse de bola, ao todo foram três chutes ao gol durante todos os 90 minutos na primeira partida do Mundial.

Mas ainda assim, o discurso adotado pelo Al-Hilal é de confiança, pelo menos foi o que ficou claro na entrevista coletiva concedida na véspera da semi. Meio-campista brasileiro, Carlos Eduardo é um dos principais jogadores da equipe e disse que veio ‘para buscar excelentes resultados’ e que sempre joga ‘para vencer, qualquer que seja o time que enfrentamos’

Apesar de Jorge Jesus ter dito que montou o time campeão da Liga dos Campeões, o brasileiro do Al-Hilal disse que pouco restou do trabalho de Jesus, e o comentário também foi reforçado pelo técnico Lucescu.

O treinador também ressaltou a força do elenco e citou mais uma vez a motivação extra para um confronto grandioso contra o Flamengo:

"Temos uma grande ambição como equipe e como torcida, e é por isso que somos os campeões da Ásia... É um jogo de 11 de cada lado e será decidido dentro de campo, de acordo com as decisões que tivermos em campo."

Autor do gol da vitória contra o Espérance, o francês Gomis deve ser titular mesmo não estando 100% fisicamente, igualmente ao meio-campista italiano Giovinco. O volante saudita Otayf também deve ir para o jogo após ser poupado no confronto anterior. Provável escalação do Al-Hilal: Al-Mayouf; Al-Burayk, Soo Jang, Al-Boleahi e Shahrani; Cuéllar, Otayf, Carlos Eduardo, Carillo e Giovinco (Al-Dawsari); Gomis (Khribin).


Os dois times se enfrentam na terça-feira (17), com o único propósito de passar para à final e enfrentar (talvez) o melhor time do mundo, o Liverpool. Para ambos, é um sonho e uma ambição. No lado do Flamengo, a torcida pede o mundo de novo e o Al-Hillal também quer o mundo pelo menos uma vez.