Super Bowl LIII é mais um capítulo da dinastia do New England Patriots

Entre mudanças e emoções os Patriots chegam a mais uma final

Super Bowl LIII é mais um capítulo da dinastia do New England Patriots
Foto: AP Photo/Charlie Neibergall
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Por Larissa Daim e João Brandão

Após ter perdido o Super Bowl LII para o Philadelphia Eagles em 4 de fevereiro do ano passado, a pergunta que ficou no ar foi: será que a dinastia do New England Patriots vai acabar? A resposta veio na atual temporada e a certeza de que não é possível duvidar da dupla Tom Brady e Bill Belichick. Agora, a franquia chega ao Super Bowl LIII, em Atlanta, e é a nona vez dos últimos dezessete anos que a equipe vai a grande final.

A temporada de 2018 não começou da forma mais desejada para os Patriots. Logo na pré-temporada perdeu Isaiah Wynn, calouro de linha ofensiva e primeira escolha da franquia no último draft. E Tom Brady, vencedor de cinco anéis de Super Bowl, ficou longe de mostrar suas melhores performances.

O quarterback e líder da franquia de Boston foi apenas o sétimo que mais lançou jardas aéreas, enquanto que no ano anterior tinha sido o líder dessa estatística. Além disso, foram apenas 29 touchdowns e 11 interceptações contra 32 touchdowns e somente 8 interceptações na temporada passada. Houve um declínio técnico em Brady, líder da equipe, mas que parece ficar para trás quando tratamos de playoffs.

Os Patriots, ao longo de toda temporada regular, foram muito além de Tom Brady e seus alvos. A chegada de Sony Michel, running back calouro e escolha de primeira rodada, foi um acréscimo muito positivo para a equipe. E um time que quer chegar forte nos playoffs e disputar uma vaga no Super Bowl precisa estabelecer um bom jogo terrestre. O ataque corrido dos Pats, chamado de monstro de três cabeças, formado por Michel, James White e Rex Burkhead, foi responsável por dezoito touchdowns e a quinta melhor marca em jardas por jogo (127,3).

A franquia, que parecia não ter a consistência de anos anteriores ao longo da temporada, conseguiu estabelecer uma campanha positiva com onze vitórias e cinco derrotas. A garantia de folgar na primeira semana de playoffs veio só nas últimas duas semanas, com duas vitórias contra o Buffalo Bills e New York Jets, e contando com tropeços do Houston Texans.

Chegando na pós-temporada o time do New England Patriots se transformou e pareceu uma verdadeira máquina de vencer. A equipe tem o melhor ataque geral, o melhor jogo terrestre, Brady tem sido o GOAT que todos conhecem, Michel tem liderado as estatísticas de jardas corridas, Julian Edelman líder em jardas recebidas e dessa forma os Pats chegam perto de mais um troféu.

O DNA de vencedores está enraizado na franquia de Foxborough desde que Bill Belichick e Tom Brady fazem parceria. Mas o time vai além desses dois nomes, pois há toda uma estrutura e mentalidade vitoriosa. A dinastia não acabou e não parece ter fim, ainda mais após a declaração do quarterback em entrevista recente à ESPN que pretende jogar até os 45 anos. O Super Bowl LIII a ser disputado em Atlanta, no Mercedes-Benz Stadium, pode ser mais um de outros palcos que virão para Brady e companhia.