O verão de 2001 ficou marcado, entre outros acontecimentos, pela chegada à Madeira de um craque brasileiro. O jovem Alan assinou pelo Marítimo aos 21 anos, dando início à primeira de 16 temporadas a perfumar os palcos do futebol lusitano. Os dotes técnicos e a velocidade rapidamente encantaram os adeptos madeirenses, e não tardaria em despertar o interesse dos clubes grandes em Portugal.

Em 2005, Alan assinou um vínculo com o FC Porto e, apesar de não ter tido um papel decisivo no sucesso dos dragões, o brasileiro guarda com agrado o título conquistado ao serviço dos invictos. Em 2007 o criativo foi cedido ao Vitória SC, mas o destino do jogador estava no rival minhoto, o SC Braga.

Há 9 temporadas em Braga, Alan é hoje uma verdadeira lenda viva para os arsenalistas, tendo ao longo dos anos ganho experiência, evolução táctica, valências de liderança no balneário, golos com nota artística e, claro, terá certamente bem presente as conquistas da Taça da Liga em 2013 e a Taça de Portugal em 2016. Aos 37 anos, o tecnicista já não é o extremo veloz dos velhos tempos, mas é inegável que quando salta do banco tem o perfume artístico que permite mudar o rumo de jogo, seja com passes de ruptura, dribles ou simplesmente com um sentido posicional único que oferece organização e dinâmica ao futebol minhoto.

Na goleada diante o Nacional, Alan entrou em campo e entrou também na História ao chegar aos 400 jogos na Liga lusitana, num total de 16 temporadas, sendo que 9 delas foram ao serviço do SC Braga. No global de todas as provas, Alan soma já 73 golos e pertence indiscutivelmente ao lote de elite de lendas vivas na Liga, à semelhança de Luisão e Rui Patrício.